São Paulo (AE) – Acabaram as discussões sobre a última pendência que impedia a redação do texto do contrato de parceria entre o Corinthians e a MSI – Media Sports International. Os advogados contratados pelos parceiros de Londres enfim concordaram com a derradeira exigência do Corinthians: uma carta fiança se responsabilizando pelo pagamento de R$ 180 milhões do segundo ao último ano de contrato (R$ 20 milhões por ano).
A decisão foi uma vitória do Corinthians na queda-de-braço com a MSI.
Na reunião de acerto, além do presidente Alberto Dualib, participaram todos os caciques do clube, até mesmo o cardeal Vadih Helou. O encontro foi no escritório dos advogados dos parceiros, na avenida das Nações Unidas.
Uma vez pronto o texto do contrato, o próximo passo será submetê-lo à uma Comissão de Notáveis, cujos componentes são advogados, juízes de direito e empresários. Se não houver nenhum veto ao documento, na semana que vem a diretoria vai publicar em dois jornais de grande circulação da capital o edital de convocação do Conselho Deliberativo, que deverá se reunir cinco dias após a primeira publicação.
O final do ?imbróglio?, porém, só será definido na reunião do Conselho Deliberativo, até 10 de novembro, quando a parceria será colocada em votação. Por enquanto, uma pesquisa feita nos bastidores do Parque São Jorge mostrou que a maioria é favorável ao acordo com a MSI. O que ameaça a vitória no Conselho Deliberativo é um documento denunciando que o Corinthians negocia com uma quadrilha internacional, que o deputado Romeu Tuma Júnior diz ter.
O receio dos conselheiros é ter que dividir com o presidente Alberto Dualib o ônus de um eventual prejuízo financeiro do clube. Segundo o estatuto do torcedor, os dirigentes são obrigados a pagar com os próprios bens prejuízos causados por sua administração. A dúvida dos conselheiros é básica: será que essa responsabilidade se estende também a eles, em caso de eventuais prejuízos? Como não há ainda um parecer oficial no Conselho Deliberativo, uma ala do órgão já estaria pensando em solicitar ao presidente José de Castro Bigi que a votação seja aberta. Ou seja: cada voto, a favor ou contra, seria acompanhado de respectiva assinatura.
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