O Corinthians mostrou, ontem, que o seu problema não é mesmo a falta de um camisa 9. A encrenca está na defesa. O ataque confere sempre – é o melhor do Brasileirão: 34 gols. Mas lá atrás o time sofre. E como! Tem uma das piores defesas do campeonato: 29 gols sofridos. A diferença entre dois setores vitais do time ficou evidente na vitória de virada (a sexta assim) por 4 a 3 contra o Cruzeiro, no lotado Pacaembu. Uma vitória com a cara do Timão.
Marinho, zagueiro de poucos recursos, mostrou logo no início o quanto a retaguarda corintiana é volátil. Marcou contra aos 4?. Grotesco. E Roger deixou claro como é forte o sistema ofensivo depois de muita pressão: empatou, aos 11?.
Depois deste gol, a Fiel, aflita, viu o time sofrer a cada ataque mineiro. A bola chegava na zaga e o pânico era geral. Por falta de capricho dos cruzeirenses, o gol não aconteceu. Se a mediocridade na cozinha era geral, lá na frente Roger e Tevez massacravam.
No segundo tempo, a mesma história. Fred fez o segundo do Cruzeiro, aos 2?, em cima de Marinho. Rosinei empatou, aos 15; e fez o terceiro, dois minutos depois. Vitória garantida? Nada disso: em outra falha da zaga, Moisés fez o terceiro: 3 a 3, aos 23?.
Empate que mais uma vez deixou a Fiel em dúvida: o ataque teria forças para compensar os erros da defesa? Tevez provou que sim. Conseguiu um pênalti – erro do confuso árbitro Heber Roberto Lopes – e definiu o jogo. Marcou o quarto gol, aos 29?.
Depois de Tevez cravar, a torcida passou a acompanhar a partida de pé. Havia muita desconfiança de que os defensores aprontariam de novo. Eles erraram muito, mas o ataque do Cruzeiro não conferiu.
