A defesa falhou demais e o Corinthians perdeu dois pontos importantes no empate
por 2 a 2 com o Juventude, neste domingo, no Estádio do Pacaembu, em São Paulo
(SP). O futebol do time do técnico Daniel Passarella esteve longe daquele
mostrado nas vitórias sobre Cianorte e Figueirense, pela Copa do Brasil, mas a
impressão, especialmente depois do bom primeiro tempo, foi a de que se a equipe
tivesse um pouco mais de atenção poderia ter estreado no Campeonato Brasileiro
com vitória relativamente tranqüila. "Perdemos a chance de matar o jogo, e
sofremos um gol de bola parada", lamentou o goleiro Fábio Costa.

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O duelo
nem bem tinha começado e o Corinthians levou um susto. No primeiro
contra-ataque, Enílton aproveitou a desatenção da defesa rival e abriu o placar.
No entanto, o Corinthians não acusou o golpe. Tevez pegou a sobra do escanteio
e, de fora da área, acertou belo chute no canto de Doni. Enquanto os gaúchos
passaram a viver de contra-ataques, o talento do argentino fez a diferença. Com
muita movimentação, foi a referência do ataque, mas sofreu com a precipitação
dos companheiros e ficou várias vezes em impedimento.

O domínio
corintiano era evidente, quando Marcelo Mattos fez justiça no placar. Em outro
escanteio – que o goleiro Doni ficou apenas observando -, Anderson desviou e o
volante, de cabeça, completou para as redes: 2 a 1.

A vantagem poderia
ter dado tranqüilidade ao Corinthians para exibir seu bom toque de bola na etapa
final. No entanto, a equipe sentiu a falta de Roger – que, lesionado, não atuou
– e a cadência deu lugar à morosidade. O Juventude aproveitou para reagir –
favorecido pela indecisão generalizada dos defensores corintianos – e
pressionou. Aos 24, Betão, na pequena área, salvou o chute de Edu
Silva.

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Oito minutos depois, o zagueiro voltou a salvar gol certo, na
cabeçada de William, com Fábio Costa já batido. A reclamação dos jogadores do
Juventude – justa, por sinal – foi a de que o corintiano tirou a bola para
escanteio com a mão. Mas Luiz Antônio Silva Santos marcou o tiro de canto. "Não
sei se usei a mão. A televisão podem dizer melhor do que eu", tentou despistar o
defensor. As imagens, porém, foram claras: Betão imitou um jogador de vôlei e
usou a mão esquerda.

Na cobrança, Naldo subiu mais do que Sebá e
cabeceou para as redes, no canto de Fábio Costa – que a exemplo do colega de
posição, apenas observou o lance. A torcida corintiana espera mais, no
compromisso contra o Botafogo, domingo, na Ilha do Governador (RJ).

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