Com o objetivo de garantir a segurança dos torcedores, o Conselho Regional de Enfermagem do Paraná – Coren-PR vem realizando fiscalizações freqüentes em estádios, durante jogos do Campeonato Paranaense de Futebol.
No decorrer dos trabalhos, os representantes da entidade verificam o cumprimento do Estatuto do Torcedor, criado pela Lei 10.671/03.
Pelo estatuto, de acordo com o Coren, a entidade responsável pela organização das competições – no caso a Federação Paranaense de Futebol (FPF) – deve disponibilizar um médico, dois enfermeiros e uma ambulância para cada 10 mil pessoas que assistem as partidas nos estádios. ?Realizamos as fiscalizações desde 2004. Naquele ano, como estavam sendo constatadas muitas irregularidades, buscamos o Poder Judiciário com o intuito de garantir que o estatuto fosse realmente cumprido?, comenta a presidente do Coren, Jurandi Kern Barbosa.
De 2004 para cá, segundo Jurandi, a situação melhorou bastante, sendo que atualmente a legislação é cumprida na grande maioria dos jogos. Porém, ainda acontece de serem verificadas irregularidades. A principal delas diz respeito à substituição dos enfermeiros por auxiliares e técnicos de enfermagem.
?Os técnicos e auxiliares não têm o mesmo preparo que os enfermeiros para diagnosticar e atender situações de emergência. O descumprimento do estatuto pode colocar em risco a vida do torcedor?.
No Paranaense 2007, o Coren afirma já ter constatado duas irregularidades, ambas no Estádio Jacy Scaff – do Café, em Londrina. No último dia 14, no jogo entre Portuguesa Londrinense 1 x 1 Londrina, a entidade verificou que no estádio havia apenas um médico e um motorista de ambulância, não estando presentes os enfermeiros.
Já em outra partida – Portuguesa 1 x 1 Cascavel -, no dia 17, foi constatada a presença de médico, motorista e um auxiliar de enfermagem. ?Os organizadores das competições devem entender que o médico, sozinho, não faz nada. Ele precisa de uma equipe?, diz Jurandi.
Federação – A FPF, através de sua assessoria de imprensa, informa que a contratação dos médicos e enfermeiros é de responsabilidade dos clubes. Durante as partidas, um fiscal da federação também é mantido nos estádios para averiguar possíveis irregularidades.