Yokohama (AE) – Unidos na crise contra a falta de ingressos, Japão e Coréia do Sul disputam um campeonato paralelo entre si na Copa do Mundo. Rivais históricos na economia e agora também no futebol, os dois países travam uma `guerra silenciosa’ para saber de quem é a melhor organização, de quem é a melhor torcida e, claro, qual dos dois irá mais longe na Copa.
Completada a primeira rodada da fase de classificação, a Coréia saiu na frente. Com a vitória por 2 a 0 sobre a Polônia, na estréia, o time dirigido pelo holandês Guus Hiddink assumiu a liderança do Grupo D, superando os Estados Unidos no saldo de gols. Além disso, a sua torcida deu um espetáculo à parte em Busan, vestida toda de vermelho e participando ativamente do jogo durante os 90 minutos diante da Polônia.
No quesito torcida, os japoneses não ficaram muito atrás, mas perderam em vibração e colorido para os coreanos. No jogo diante dos belgas, na terça-feira, a torcida acabou sendo envolvida principalmente pela apatia do Japão no primeiro tempo. Só quando Suzuki fez o gol de empate para os japoneses a torcida empurrou a sua equipe para a reação.
Apesar da nítida concorrência entre Japão e Coréia nenhum dos jogadores – e muito menos os seus treinadores – assume a rivalidade nesta primeira fase da Copa do Mundo. “Nossa disputa é com a Bélgica, com a Rússia e com a Tunísia”, disse recentemente o técnico francês do Japão, Phillipe Troussier. “Essa é o tipo da preocupação que não dizem respeito aos profissionais. Assuntos como esse só interessam à imprensa e a uma parte da torcida”, disse Guus Hiddink.