Copa Petrobras Pick-up Racing chega a Tarumã-RS

Muitas disputas, corridas decididas na última volta, surpresas, acidentes e emoção. Quem acompanhou as duas primeiras etapas da Copa Petrobras Pick-up Racing, única categoria do mundo a utilizar o Gás Natural Veicular (GNV) como combustível, comprovou o equilíbrio entre os pilotos.

E é com a promessa de manter todos esses ingredientes que a categoria chega ao Rio Grande do Sul para a realização do Grande Prêmio SULGAS, no dia 4 de julho, no Autódromo de Tarumã. Até agora, quem apostou no óbvio se deu mal. Em Curitiba, tudo apontava para um domínio dos pilotos paranaenses.

Mas, na pista, a história foi outra. Show gaúcho, com vitória do tricampeão João Campos, Nelson Bazzo em segundo, além de Abramo Mazzochi e Franco Stédile no pódio, em quarto e quinto, respectivamente. Já em Brasília se esperava um domínio das pick-ups Chevrolet S10. Só esqueceram de avisar o piloto da Ford Ranger nº 12, Emerson Duda, que mesmo largando em sexto, conquistou a vitória e assumiu a vice-liderança da competição.

Em Tarumã, teoricamente, a vantagem deve ser dos pilotos da casa. Mas um fator interessante pode favorecer os visitantes e equilibrar a disputa. A categoria corre pela primeira vez no novo asfalto do circuito. “A vantagem que tínhamos em conhecer bem a pista foi para o espaço. Teremos que buscar um novo acerto, como todo mundo”, afirma João Campos, que venceu seis das sete provas que a Pick-up Racing já realizou em Tarumã. A invencibilidade caiu em setembro de 2002, quando Nelson Bazzo venceu uma das provas e a etapa, correndo com uma S10.

O atual líder da Copa Petrobras Pick-up Racing, João Campos, espera aumentar as vantagens estatísticas e a vantagem que tem na pista gaúcha. Mas ele não assume o favoritismo. “Por enquanto, o único favorito é o Cláudio Ricci. Ele foi o único que andou no asfalto novo, disputando outras categorias”.

Ricci, outro piloto que corre em casa, espera repetir o bom desempenho de Brasília, quando foi o segundo colocado. “Estamos falando de pilotos profissionais. É só dar algumas voltas e todos já estarão adaptados. A pista está mais segura, melhor para todo mundo”, acredita o gaúcho de Passo Fundo.

Nelson Bazzo é outro que corre no “quintal de casa”. O único piloto que conseguiu bater João Campos em Tarumã está confiante em um bom resultado. Depois de conquistar a pole position nas duas primeiras etapas de 2004, o piloto acredita que a primeira vitória na temporada será no Grande Prêmio Sulgas. “Temos um carro bem acertado e vamos brigar pela vitória”, prevê.

Reforçam a lista de “donos da casa” Franco Stédile, Eduardo Heinen, José Valentini e Abramo Mazzochi. “Ainda estou buscando a adaptação do monoposto para um carro de turismo, mas o entusiasmo é grande, pois andaremos em uma pista cheia de particularidades e que conheço muito bem”, afirma Abramo.

Para os visitantes, correr em Tarumã não será tarefa fácil. Mesmo assim, a confiança existe. “Espero estar entre os três primeiros. Sair de Tarumã com o campeonato embolado será muito importante”, afirma o paranaense Emerson Duda, vice-líder do campeonato.

Outro paranaense que espera incomodar é Kau Machado, que foi terceiro colocado nas duas primeiras etapas deste ano. “Consegui dois bons resultados, mas agora vou lutar pela vitória”, afirma Kau, que tenta solucionar alguns problemas na parte elétrica da Ford Ranger nº 7.

Os paulistas Flávio Marcilio e Fausto Camacho, o gaúcho Marcel Wolfart, que está morando em Lages (SC), Alessandro da Cas, que também nasceu no Rio Grande do Sul, mas mora no Rio de Janeiro há mais de 15 anos, e o paranaense Milton Vianna são pilotos que também podem conquistar um bom resultado no Grande prêmio Sulgás. 

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