O Atlético, a partir das 18h30, decide o futuro da Arena da Baixada em relação à Copa do Mundo de 2014. Na assembleia extraordinária do clube, os conselheiros irão definir quem irá assumir a construção do estádio para que ele se adeque às exigências da Fifa.
Oficialmente há duas propostas – as das construtoras OAS e Triunfo – e uma tentará usar a reunião para se viabilizar: a do ex-presidente Mário Celso Petraglia, que precisa que a maioria dos conselheiros presentes na assembleia aprove sua tese.
Ele propõe que as obras sejam encampadas pelo próprio clube e se propõe a fazer a gestão do empreendimento. O conselho do Atlético – pelo menos aquela parte que costumeiramente comparece nas reuniões e que vota os destinos do clube – está dividido.
Enquanto a ala ligada a Petraglia acredita que ele leva a melhor, há outros que não veem saída para o Furacão. “O Atlético terá de vender a própria alma, seja lá qual for a escolha, se é que ela sai segunda-feira (hoje)”, disse uma fonte ouvida pela Tribuna.
Por isso, não há certeza de que a definição sobre o encaminhamento das obras do estádio saia nesta assembleia. Segundo quem teve acesso às propostas, a opção pela OAS comprometeria por 20 anos o faturamento do clube com o estádio, incluindo a participação na renda dos jogos.
Do lado da Triunfo, a proposta é ainda mais complicada: o clube arca com a captação de recursos e ainda paga alguns valores para a construtora ficar com a responsabilidade de levantar a obra. Na de Petraglia, alguns conselheiros temem desgaste do Atlético com o poder público.
Política
Na mesma assembleia extraordinária, o grupo de conselheiros que se opõe à gestão do presidente do conselho administrativo, Marcos Malucelli, tentará pôr em votação um pedido de impeachment contra o dirigente.
No edital de convocação o assunto não é explicitado. Trata como temas prioritários a deliberação sobre a adequação da Arena da Baixada para a Copa e a definição dos novos vice-presidentes do conselho administrativo, após a renúncia de Enio Fornea Júnior e Yara Eisenbach.