Todos os holofotes para elas. Nesta sexta-feira (07), começa na França a Copa do Mundo de Futebol Feminino. Pela primeira vez desde que a competição começou a ser disputada, o mundial tem tudo pra ter a maior visibilidade da sua história. No Brasil, um feito inédito: todos os jogos da seleção serão exibidos pela TV Globo, o que representará milhões de pessoas acompanhando as mulheres jogando bola. As brasileiras, ainda que não sejam vistas como favorita na competição, poderão ganhar muito com a disputa em termos de aceitação do público. A estreia delas será no domingo (09), diante da Jamaica, às 10h30 (horário de Brasília).
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A oitava edição do mundial será realizada na França e a anfitriã fará o jogo de abertura diante da Coréia do Sul, no Parque dos Príncipes, estádio do PSG, a partir das 16h. A seleção brasileira chega à disputa com o bônus de contar com a atacante Marta, eleita seis vezes a melhor jogadora do planeta, mas vem de uma pré-temporada com resultados ruins, o que não credencia o grupo a ser um dos favoritos ao título.
Serão 24 equipes em busca da taça, divididas em seis grupos, com quatro seleções cada. Serão três confrontos na primeira fase dentro das chaves. Os primeiros e segundos lugares avançam para as oitavas de final da competição, além dos quatro melhores terceiros colocados. É a segunda vez que a competição terá esse número de equipes. Nas primeiras duas edições (1991 e 1995), 12 times disputaram os jogos. Entre 1999 e 2011, foram 16.
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Uma das favoritas, a seleção dos Estados Unidos, é a atual campeã e também a maior vencedora do torneio, com três conquistas. A Alemanha tem dois troféus, enquanto Noruega e Japão venceram uma vez cada. A melhor colocação do Brasil na história da disputa foi em 2007, quando o grupo conquistou uma honrosa medalha de prata ao perder a grande final para a Alemanha. Na ocasião, as jogadoras, ao receberem o prêmio, ergueram uma faixa pedindo apoio urgente à modalidade, que no Brasil recebe pouco incentivo. Anos depois, não é incomum ouvir relatos das atletas que passam por dificuldades por não poderem se sustentar vivendo do futebol, mesmo que sejam atletas de alto nível.
Na Copa da França, a seleção brasileira está no grupo C, com Itália, Austrália e Jamaica. Com nove derrotas seguidas na preparação para o mundial, o Brasil chega sem figurar entre os favoritos. A culpa em cima do cenário desastroso cai sob Vadão, o técnico que não tem conseguido organizar o time em campo. Foi dele a ‘pérola’ de que a Jamaica, situada na América Central, não foge das características de seleções africanas. A expectativa era de que a técnica Emily Lima fosse mantida no posto, mas ela foi demitida meses depois de assumir o cargo em 2016 e a CBF preferiu deixar o atual comandante na função. Esta deve ser a última Copa de Marta, Formiga e Cristiane. As duas últimas confirmaram o afastamento após o torneio.
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A premiação para a equipe vencedora será de 4 milhões de dólares (cerca de R$ 15,5 milhões). O maior valor até aqui na história da competição, mas ainda expressivamente menor do que a disputa masculina. Ema2018, na Rússia, a França embolsou 30 milhões de dólares (cerca de R$ 116,4 milhões).
As transmissões em TV aberta devem alavancar a audiência da modalidade, que desta vez deve ultrapassar os 750 milhões de pessoas atingidas com a final da última edição do torneio, vencido pelos Estados Unidos. Mais de 800 mil ingressos já foram vendidos para a Copa de 2019. As entradas para abertura, semifinais e final esgotaram em 48 horas. O interesse pelo esporte nunca foi tão grande. A Copa do Mundo da França deverá se consagrar como o evento esportivo mais visto do planeta voltado ao futebol feminino. Golaço delas!
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