Copa das Confederações esgota cotas de patrocínio

Na última reunião entre os membros do Comitê Executivo da Fifa e do Comitê Organizador Local (COL), realizada nesta quinta-feira, no Rio, antes da Copa das Confederações, o secretário-geral Jérôme Valcke anunciou que todas as cotas de patrocínio e parceiros para a Copa do Mundo foram esgotadas. O último acerto foi finalizado nesta quinta-feira com uma rede de materiais esportivos, a Centauro.

Numa coletiva que repetiu muito do que já havia sido dito no dia anterior, quando da visita de Valcke ao Maracanã, o momento de maior agitação se deu quando o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, se exaltou ao defender a construção de estádios em capitais sem tradição futebolística.

Ao refutar que arenas como as de Manaus, Natal, Cuiabá e Brasília vão se tornar “elefantes brancos”, Rebelo deixou a fala mansa e pausada habitual para subir o tom. “Uma Copa do Mundo que excluísse 60% do território nacional (Amazônia) não seria do Brasil, seria do Sul e Sudeste. Para que fosse do Brasil, teria que ter uma sede pelo menos em uma área que é de nossa identidade nacional, e também o Pantanal”, afirmou.

Ele destacou ainda que, na Arena das Dunas, na capital potiguar, as áreas comerciais estão sendo negociadas com valores acima do mercado. “Nós não vamos ter só eventos esportivos. Haverá shows, convenções, congressos, feiras, e essas cidades não tinham estrutura adequada para receber tais eventos”.

A reunião desta quinta marcou a contagem regressiva de 30 dias para a Copa das Confederações, que começa no dia 15 de junho em Brasília, com o jogo entre Brasil e Japão. Valcke informou que, com os estádios em reta final de conclusão, o trabalho pode ser voltado para a recepção dos times, jornalistas e árbitros que irão trabalhar no torneio, além dos turistas. As primeiras seleções devem chegar ao Brasil no dia 6 de junho. Valcke declarou ainda que mais de 76% dos ingressos já foram vendidos, e que ele espera que a venda alcance os 90%.

Membro do Comitê Executivo do COL, Ronaldo voltou a adotar tom ufanista e pediu que a imprensa volte suas atenções para outros assuntos que não os problemas e os atrasos nos estádios. “Agora que os estádios estão prontos, podemos mudar o foco, falar dos jogadores, dos times. É hora de falar realmente de competição, que é o que o brasileiro gosta.” Começa nesta sexta, no Rio, uma série de seis encontros pra ajustar planos operacionais, que vai passar pelas seis cidades-sede da Copa das Confederações.