As zebras andaram longe dos gramados da Alemanha na primeira fase da Copa do Mundo. Sem grandes surpresas na etapa de grupos, o Mundial reserva duelos empolgantes a partir das oitavas-de-final, envolvendo as seleções mais tradicionais do planeta.
Todos os campeões mundiais avançaram à segunda fase -exceção óbvia do Uruguai, fora da Copa. E o único que não liderou seu grupo foi a França, que encara a Espanha para definir o adversário de Brasil ou Gana nas quartas-de-final. Mantida a tendência de predominância dos favoritos, teríamos grandes clássicos nas quartas: Alemanha x Argentina, Inglaterra x Holanda e Brasil x França, além de Itália (a mais favorecida nos cruzamentos) contra Ucrânia ou Suíça.
A saída prematura da República Tcheca pode ser considerada surpreendente -embora ela tenha sido vítima do verdadeiro ?Grupo da Morte?, já que Argentina e Holanda passaram sem sustos pela chave D. Também esperava-se um pouco mais de Polônia, Paraguai, Sérvia e Montenegro (pior campanha da Copa), Croácia e Coréia do Sul (3.ª colocada em 2002). Equador, Gana e Austrália não eram favoritos para a classificação, mas não se podia menosprezá-los.
O resultado da Copa pode também pesar contra o expansionismo da Fifa sobre continentes menos tradicionais no futebol. Novamente, sul-americanos e europeus polarizam a disputa, com 13 países entre as 16 oitavo-finalistas (81%). Antes da Copa, as seleções filiadas a Uefa ou Conmebol reuniam 56% dos candidatos. Africanos, asiáticos e representantes das Américas Central e do Norte, que tinham 13 equipes, agora torcem para apenas duas (Gana e México).
Números
Os ataques de Argentina, Espanha e Alemanha foram os melhores da primeira fase (8 gols cada). Apenas a Suíça não sofreu gol e somente Trinidad e Tobago não balançou as redes adversárias. Foram marcados ao todo 117 gols (média de 2,44 por partida) e mostrados 18 cartões vermelhos. O alemão Klose, com quatro gols, é o artilheiro até agora.