SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Técnico mais velho da Copa do Mundo, Óscar Tabárez não descartou seguir no comando da seleção uruguaia para uma quinta participação em Mundiais. Após a eliminação para a França, em derrota por 2 a 0 nesta sexta-feira (6) em Nijni Novgorod, ele disse que sua permanência depende da federação uruguaia.
Nunca vi um treinador decidir isso, disse. Ele ainda falou que não ia dizer se quer ficar ou não no comando do time porque isso não seria bom nem para ele, nem para a federação.
Aos 71 anos, Tabárez disputou sua quarta Copa pelo Uruguai, a terceira seguida. Chegou à semifinal em 2010, parou nas oitavas de final em 2014 e agora foi eliminado nas quartas. Em seu primeiro Mundial, em 1990, chegou até as oitavas. Nenhuma atividade humana no mundo em tempos de paz mobiliza tanta gente quando a Copa do Mundo, afirmou, após o jogo contra a França.
Mais do que a idade, porém, a debilidade física do treinador chamou atenção na Rússia. O treinador sofre com a doença de Guillain-Barré, um mal autoimune que ataca o sistema nervoso e causa fraqueza muscular progressiva. Durante a preparação para a Copa, ele chegou a ser visto em campo usando um carrinho elétrico.