A Alemanha entra em campo neste sábado com uma ameaça real. Uma derrota para a Suécia em Sochi, às 15h, pode eliminar a atual campeã Mundial, se o México também ganhar da Coreia do Sul.
“Por princípio, não penso em cenários negativos. Temos dois jogos pela frente. Vamos jogar. Vamos ganhar”, afirmou o atacante Mario Gomez.
Frase que vem sendo repetida por todos, inclusive o técnico Joachim Löw e o líder Manuel Neuer, nos últimos dias.
O retrospecto dos dois últimos campeões mundiais também faz aumentar a pressão sobre os alemães.
Vencedora em 2006, a Itália foi eliminada na fase de grupos na Copa de 2010, na África do Sul. Em 2014, no Brasil, foi a vez de ocorrer o mesmo com a Espanha, que havia vencido o torneio quatro anos antes.
Após a atuação ruim no jogo de estreia, o futebol da campeã mundial vai, neste sábado, mostrar se os treinos fechados dos últimos dias na cidade de Sochi, às margens do Mar Negro, tiveram efeito. E se Löw conseguiu reajustar a equipe e confirmar o discurso otimista do treinador.
“Tivemos que digerir a derrota, doeu, mas analisamos tudo dessa partida. Queremos mostrar nossa qualidade”, afirmou Löw.
Ele confirmou que o zagueiro Hummels, com dores no pescoço, está fora da partida contra a Suécia.
Além de dar ânimo aos seus jogadores, existem questões táticas para serem definidas. Na partida contra o México, Özil, 29, um dos destaques do time campeão do mundo no Brasil, não repetiu o futebol do torneio de 2014.
No ataque, Timo Werner, 22, um dos jovens que Löw trouxe à Rússia, também não conseguiu mostrar que está a altura de substituir o artilheiro Klose.
Não bastassem os problemas técnicos e táticos demonstrados pela Alemanha em 2018, tanto na estreia quanto nos amistosos antes do Mundial, o adversário da segunda rodada é a tradicional Suécia.
Entre todos os duelos da primeira fase da Copa do Mundo na Rússia, incluindo o clássico ibérico entre Portugal e Espanha, o jogo que tem mais história, em termos de partidas disputadas, é exatamente o entre Alemanha e Suécia.
A vantagem germânica é pequena. Em 36 jogos entre as duas seleções até hoje, incluindo amistosos, a Alemanha ganhou 15 vezes e a Suécia 12, além de nove empates.
Nas duas últimas partidas oficiais, válidas pelas eliminatórias do Mundial de 2014, a Alemanha ganhou fora de casa por 5 a 3. Antes, o jogo em Berlim havia terminado em 4 a 4.
“Não demos achar que precisamos mudar nosso estilo de jogo”, avisa Löw, que renovou seu contrato com a federação alemã até 2022.
“A Suécia é muito organizada. É difícil achar espaço. Nos últimos dois anos eles sofreram poucos gols. Normalmente jogamos contra equipes mais defensivas. Vamos criar oportunidades”, espera o treinador campeão do mundo.
A última partida da Alemanha será contra a Coreia do Sul, na quarta-feira (27), às 11h, em Kazan.
ALEMANHA
Neuer; Kimmich, Boateng, Sule, Hector; Gundogan, Kroos, Thomas Muller, Mesut Ozil, Marco Reus; Mario Gomez. T.: Joachim Low
SUÉCIA
Olsen; Lustig, Lindelof, Granqvist, Augustinsson; Claesson, Larsson, Ekdal, Forsberg; Berg, Toivonen. T.: Janne Andersson
Local: Fisht Olímpico, em Sochi
Horário: 15h deste sábado
Juiz: Szymon Marciniak (POL)