Para tentar ser novamente a surpresa de um Mundial, como foi em 2014, a Costa Rica aposta nos contra-ataques. Assim, pretende surpreender o Brasil.

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A estratégia não deu certo, é verdade, na estreia da equipe da América Central na Rússia, contra Sérvia, quando perdeu por 1 a 0. O revés não deve fazer o técnico Óscar Ramirez, 53, mudar seu estilo de jogo.

O técnico foi o camisa 10 da Costa Rica no primeiro Mundial que o país disputou, em 1990. Enfrentou a seleção brasileira e perdeu por 1 a 0.

Meia armador que buscava o ataque, Ramírez tornou-se um treinador conservador. Sua ordem para os jogadores é esperar a iniciativa dos rivais, principalmente quando enfrenta times mais fortes, como é o caso do Brasil.

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Foi dessa forma que Óscar Ramírez se consagrou em seu país: esperando os oponentes buscarem o ataque, para então mandar seu time dar o contragolpe.

A Costa Rica que está na Rússia manteve a base de 2014 e joga com um esquema 5-4-1.

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O time funciona assim: quando defende, três se postam à defesa. González, do Bologna, pelo meio, pode subir e jogar mais à frente da zaga. Acosta, que atua no futebol colombiano, pela direita, e Duarte, pela esquerda, completam a defesa costa-riquenha.

Quem joga mais aberto pelas alas são Gamboa e Oviedo, responsáveis por começar os contra-ataques do time.

Mais à frente, o experiente Bryan Ruiz, 32, é o capitão e quem busca o jogo pela direita, em apoio a Gamboa. Venegas é quem faz o mesmo do outro lado do campo. Borges e Gusman dão o reforço defensivo quando os companheiros sobem ao ataque.

Isolado no ataque, Ureña fica à espera de alguma bola rápida para apoiar .

“Será uma partida complexa. Vimos na eliminatória quando o Brasil abre um a zero e com o contra-ataque que tem com Gabriel e Neymar”, afirmou Ramirez.

Nas eliminatórias da Concacaf, no hexagonal final, quando tinha Estados Unidos e México pela frente, a Costa Rica fez 14 gols e sofreu oito, em dez partidas disputadas. Contra equipes mais fracas, na primeira fase, levou apenas dois gols em seis partidas e marcou dez.

Com a tática do rival, o Brasil espera que Neymar sofra menos faltas longe da área do que contra a Suíça, na estreia. Naquele jogo foram dez infrações sofridas pelo atacante.

“Neymar é um jogador habilidoso e buscam pará-lo com faltas bruscas. Temos nossa estratégia para isso. Mas não gostaria de ver faltas bruscas nele. Acho que há formas diferentes de pará-lo”, afirmou o técnico, nesta quinta-feira (21).