A Rússia não se importou com a presença da estrela Mohammed Salah no time adversário e venceu mais uma na Copa. Agora, a vítima foi o Egito, em São Petersburgo: 3 a 1 para a equipe da casa, que ficou perto de confirmar classificação antecipada às oitavas de final.

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Foi mais uma noite inspirada do meia-atacante Denis Cheryshev. O jogador, que apenas entrou na Copa por causa da lesão na estreia contra a Arábia Saudita de Dzagoev (então principal jogador da seleção russa), foi eleito o melhor em campo nas duas partidas do time anfitrião. E já virou o principal nome da equipe sensação da competição.

Cheryshev tem 27 anos e atua no futebol espanhol desde jovem -ele chegou ao país ibérico ainda criança, com seis anos. Seu pai, Dimitri Cheryshev, também foi jogador com passagem pelo futebol espanhol, com passagem, inclusive, pela base do Real Madrid.

O filho Denis começou nas categorias de base do mesmo Real Madrid e virou profissional em 2009 no time B. Subiu à equipe principal em 2013, mas pouco atuou antes de sair, em 2016. Depois, passou por Sevilla e Villarreal, este último onde obteve mais destaque.

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Por causa dos muitos anos na Espanha, o jogador fala espanhol fluentemente, razão pela qual virou o jogador do elenco russo mais próximo ao brasileiro Mário Fernandes, que se naturalizou pelo país europeu no ano passado e é titular da equipe no Mundial.

“O Cheryshev é uma grande pessoa. A gente sempre está junto. Além de ser um grande jogador, é uma grande pessoa. Ele é muito rápido, merece tudo que está acontecendo com ele. Me dou bem com todos, mas ele é o mais próximo, porque ele fala espanhol”, disse Mário Fernandes.

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O meia-atacante russo também conversou com a reportagem e admitiu surpresa com o seu desempenho. Afinal, antes do Mundial, ele havia atuado apenas 33 minutos pela seleção na temporada 2018.

“É uma surpresa, não esperava ser eleito o melhor jogador da partida, mas, para mim, é secundário, o mais importante é avançar, a equipe está crescendo e temos que seguir assim”, falou o russo.

Contra o Egito, Cheryshev fez um dos gols da Rússia justamente com assistência de Mário Fernandes. O jogo teve dois passes para gol do lateral que começou a carreira no Grêmio, em 2009, mas atua no CSKA Moscou há seis anos. Na temporada passada, ele conseguiu a cidadania do país anfitrião do Mundial.

A vitória contra os egípcios ainda deu à Rússia o status de primeira sensação desta competição. Afinal, são oito gols marcados e só um sofrido em duas partidas –os europeus já haviam batido a Arábia Saudita por 5 a 0 na estreia.

O apoio local tem sido integral: nesta terça, 64 mil pessoas compareceram ao estádio em São Petersburgo, sendo ampla maioria russa.

Os africanos, por sua vez, praticamente se despediram da competição. O confronto também marcou a estreia de Salah, estrela do Liverpool que havia sentido lesão no ombro na final da Liga dos Campeões da Europa, em maio. 

O camisa 10 fez, de pênalti, o único gol egípcio. Os outros gols do jogo foram de Fathi, contra, e Dzyuba. Com seis pontos, a Rússia vai decidir a liderança do Grupo A contra o Uruguai na próxima rodada, dia 25, em Samara.