Copa 2018

Rival do Brasil, cartola da Costa Rica denunciou ex-aliado preso com Marin

No hotel cinco estrelas Baur au Lac, em Zurique, na Suíça, José Maria Marin e Eduardo Li acordaram na mesma hora naquela quarta-feira, dia 27 de maio de 2015. Os então presidentes da CBF e da Federação de Futebol da Costa Rica, respectivamente, estavam prontos para as eleições da Fifa quando foram levados por policiais suíços à prisão, em operação do FBI.

Três anos depois do que ficou conhecido como o maior escândalo do futebol, o Fifagate, as duas entidades, sob desconfiança da imprensa e torcedores, têm aliados dos acusados no comando, mas traçaram caminhos diferentes para sobreviver. Brasil e Costa Rica se enfrenta na próxima sexta-feira (22) pela segunda rodada do Grupo E da Copa do Mundo.

A CBF teve Marco Polo Del Nero, presidente que sucedeu Marin, banido do futebol pela Fifa por corrupção, o coronel Antônio Carlos Nunes, que é o atual presidente, e Rogério Caboclo, eleito para assumir a partir de abril do ano que vem.

Os três cartolas representam a continuidade do poder que vem desde de Ricardo Teixeira, também indiciado nos EUA e denunciado na Espanha por corrupção.

Na Costa Rica, foi também um diretor da gestão de Eduardo Li que assumiu o cargo. Rodolfo Villalobos era o tesoureiro da entidade e se dizia amigo do então presidente.

Del Nero e Marin jamais confessaram os crimes pelos quais foram acusados nos EUA. Em 2016, um ano após ser preso,. Eduardo Li pediu desculpas ao país e admitiu ter recebido propina na organização de um campeonato e em um contrato de patrocínio da seleção.

Villalobos, então, se colocou como oposição. Doze dias depois da declaração, o novo presidente levou ao Ministério Público do país uma denúncia contra o antecessor, o que não havia feito até então.

“O presidente sempre marca um caminho, e o caminho que marcamos é diferente. Tenho uma denúncia no Ministério Público contra o Eduardo, está sendo tocado esse processo nesse momento”, disse Villalobos.

Se passaram por situações semelhantes, os presidentes das duas confederações adotaram posturas diferentes com a imprensa.

Desde que chegou na Rússia, Nunes falou com jornalistas só em rápidas conversas, sempre de passagem. A principal preocupação da CBF é deixá-lo sozinho, sem assessores.

Caboclo, que está chefe da delegação, até agora não deu entrevista e seus auxiliares afirmam que ele não deve falar até o fim do Mundial.

Villalobos foi ao microfone assim que as críticas começaram após a derrota da Costa Rica na estreia. O cartola apareceu com o capitão da equipe, Bryan Ruiz, para pedir apoio e amenizar boatos sobre racha na equipe.

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