Com o fim da primeira rodada, nesta terça-feira (19), a Copa do Mundo da Rússia já mostra algumas marcas. Nos 16 jogos disputados, se destacam o aumento na quantidade de pênaltis -mas não de gols- em relação ao último Mundial, o domínio europeu e as dificuldades enfrentadas pelos campeões do mundo (e pelos técnicos argentinos).

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Veja algumas curiosidades:

MAIS PÊNALTIS

A Copa do Mundo de 2018, primeira a contar com a ajuda do VAR (árbitro de vídeo), tem se encaminhado para ser a Copa dos pênaltis.

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O árbitro uruguaio Andrés Cunha revê lance após ajuda do VAR antes de marcar pênalti para a França contra a Austrália John SIbley/Reuters O árbitro uruguaio Andrés Cunha revê lance após ajuda do VAR antes de marcar pênalti para a França contra a Austrália    Nove pênaltis foram assinalados em 16 jogos, média de 0,56 marcação por jogo, ou uma a cada duas partidas. Três deles (para a França, Suécia e Peru) com ajuda do VAR. Foram necessários 25 jogos para se chegar a esse número de penalidades na Copa de 2014.

MENOS GOLS

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O aumento de pênaltis não se refletiu em mais gols na primeira rodada da fase de grupos deste Mundial. Pode-se dizer que Cueva, do Peru, e Messi, da Argentina, que desperdiçaram suas cobranças, contribuíram para isso.

Até agora, foram marcados 38 gols em 16 jogos, média de 2.37 por jogo. Em 2014, a primeira rodada acabou com 49 gols. Média de 3,06 por partida.

MAIS GOLS DE FALTA

Há quatro anos, na Copa do Mundo do Brasil, apenas três gols de falta foram marcados em 64 jogos. Em  16 partidas, o Mundial da Rússia já superou o torneio anterior neste quesito. 

Até agora, quatro gols de falta foram feitos nessa Copa. Já na abertura, Golovin fez pela Rússia contra a Arábia Saudita, Cristiano Ronaldo, contra a Espanha, Kolarov, da Sérvia, contra a Costa Rica e Quintero, da Colômbia, contra o Japão, completam a lista.

MENOS GOLS CONTRA Outra modalidade de gol que teve um aumento foi a de gols contra: quatro já foram marcados neste Mundial: Bouhaddouz, de Marrocos, fez para o Irã;  Behich, da Austrália, para a França; Etebo, da Nigéria, marcou para a Croácia e Thiago Cionek, brasileiro naturalizado polonês, fez para Senegal. Na primeira rodada de 2014, foram três.

ARGENTINOS EM BAIXA

Nenhum país tem tantos técnicos na Copa quanto a Argentina. Além de Jorge Sampaoli, treinador daquele país, há ainda José Pekerman, da Colômbia, Ricardo Gareca, do Peru, Héctor Cuper, do Egito, e Juan Antonio Pizzi, da Arábia Saudita (este naturalizado espanhol).

Nenhum deles conseguiu vencer na primeira rodada. Pior, só um não perdeu -Sampaoli, já que a Argentina empatou por 1 a 1 com a Islândia. Todas as outras seleções foram derrotadas: o Peru perdeu da Dinamarca; a Colômbia, do Japão, o Egito, do Uruguai, e a Arábia Saudita foi goleada pela Rússia.

EUROPEUS DOMINAM

A Europa é o continente com mais representantes na Copa: 14 de seus países estão no Mundial. Só dois deles perderam na primeira rodada: a atual campeã, Alemanha, e a Polônia -houve 13 partidas envolvendo europeus, já que Portugal e Espanha se enfrentaram, e o continente tem aproveitamento de 64,2% (conquistou 27 pontos entre 42 disputados).

Entre os sul-americanos, só o Uruguai venceu na primeira rodada. Argentina e Brasil empataram e Colômbia e Peru perderam (33,33% de aproveitamento, com 5 pontos conquistados em 15 disputados). Entre os africanos, só Senegal venceu. Egito, Marrocos, Nigéria e Tunísia perderam (20% de aproveitamento). Já os asiáticos têm 50%, com duas derrotas e duas vitórias: Irã e Japão venceram e Coreia do Sul e Arábia Saudita perderam. Única representante da Oceania (embora dispute eliminatórias pela Ásia), a Austrália perdeu.

DIFÍCIL PARA OS CAMPEÕES

A primeira rodada não foi fácil para as seleções que já foram campeãs do mundo. Entre elas, só Uruguai e Inglaterra conseguiram vencer -e as duas o fizeram nos acréscimos.

Brasil, Argentina e Espanha empataram na estreia (embora a última tenha tido uma partida mais difícil que as duas primeiras). Pior sorte teve a atual campeã, Alemanha, que perdeu para o México.