No maior desafio de sua carreira, no comando da seleção, Tite terá de quebrar um tabu pessoal para tentar levar o Brasil ao hexacampeonato. O treinador nunca teve estrelas em campo nas conquistas dos seus títulos mais expressivos. Comandando astros, tropeços e desentendimentos marcaram sua trajetória.

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Com Neymar, Philippe Coutinho e Marcelo, o Brasil entra em campo nesta sexta-feira (22), em jogo contra a Costa Rica, em busca da primeira vitória no Mundial da Rússia.

Nos títulos mais importantes, como os dois Brasileiros, a Libertadores e o Mundial pelo Corinthians, Tite contou com times formados por jogadores “operários”, sem nenhuma grande estrela.

Na sua pior eliminação, em 2011, para o Tolima (COL), que levou o Corinthians a ser o primeiro time brasileiro a cair na fase anterior à de grupos da Libertadores, ele tinha na equipe nada menos do que os pentacampeões Roberto Carlos e Ronaldo, o Fenômeno.

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Tite teve problemas com pelo menos quatros estrelas que comandou em clubes: Carlitos Tevez, D’Alessandro, Adriano e Alexandre Pato.

Em 2005, na sua primeira passagem pelo Corinthians, Tite foi mandado embora antes de completar um ano de contrato. O técnico foi demitido depois de uma derrota para o São Paulo, por 1 a 0, em que escolheu o lateral Coelho e não Tevez para bater um pênalti durante a partida.

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O iraniano Kia Joorabchian, empresário do argentino e presidente da MSI, empresa que colocava dinheiro no clube na época, entrou no vestiário para tirar satisfações.

Anos mais tarde, Tite assumiu o Internacional e tinha em seu elenco o argentino D’Alessandro. Nunca se deram bem, e, durante um jogo, em 2009, os dois só não se agrediram porque o goleiro Clemer e o zagueiro Índio impediram. A relação ruim com o atleta acabou levando também à demissão de Tite.

Após a eliminação para o Tolima, Roberto Carlos e Ronaldo se despediram, em fevereiro de 2011, mas logo chegou outra estrela para o elenco do Corinthians, em março. Dessa vez, Adriano, o Imperador.

No segundo semestre daquele ano, em meio a sucessivos problemas de disciplina, os dois bateram boca e, aos gritos, quase se agrediram fisicamente após um treino.

Adriano marcou dois gols e participou só de oito jogos em sua passagem pelo clube.

O último conhecido desentendimento de Tite com um astro foi com o atcante Alexandre Pato. O próprio treinador se refere ao episódio como a mais marcante bronca dada em um atleta.

Em outubro de 2013, nas quartas da Copa do Brasil, contra o Grêmio, o jogador foi protagonista da eliminação do Corinthians após tentar uma cavadinha nas cobranças de pênaltis. No vestiário, Tite chamou Pato de egoísta.

O atacante acabou sendo emprestado para o São Paulo logo depois. Eles não trabalharam mais juntos.

Agora, na seleção, Tite precisa encontrar um meio de fazer as estrelas -principalmente Neymar- jogarem pelo hexacampeonato. O primeiro desafio, contra a Suíça, terminou empatado. O segundo é nesta sexta (22), diante da Costa Rica, em São Petersburgo.