E agora?

Passada a Copa, é hora de pensar no futuro da seleção

Tite ainda não confirmou que fica na seleção, ao contrário do consagrado Canarinho Pistola. Foto: Jonathan Campos

A carne azedou. O chopp ficou aguado. A sexta da semana passada foi pro torcedor brasileiro esquecer. A tal da ‘geração belga’ deu um banho de bola na seleção brasileira e a eliminação nas quartas de final da Copa do Mundo da Rússia novamente deixou um gosto amargo para o País, que até estava empolgado com os comandados de Tite. Era música nova pra cá, Canarinho Pistola pra lá. ‘Psicopata do Hexa’, ‘Neymito’. Tudo virou em nada.

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Mas, se não deu pra chegar novamente, é levantar a cabeça e já pensar em 2022. Uma das indagações do torcedor brasileiro é se Adenor Leonardo Bachi, o Tite, será o comandante da nova geração de jogadores para a próxima Copa do Mundo. Aliás, será mesmo uma ‘nova geração’? Muitos atletas que disputaram o Mundial da Rússia podem permanecer na equipe que buscará a reabilitação no Catar. São os casos dos goleiros Alisson e Ederson, o volante Casemiro, os meias Philippe Coutinho e Willian e os atacantes Neymar e Gabriel Jesus. Jogadores jovens que estarão com mais bagagem em 2022.

Por outro lado, certamente, alguns jogadores da atual seleção não deverão mais vestir a amarelinha no próximo Mundial. A zaga, por exemplo. Atualmente, Thiago Silva e Miranda, ambos com 33 anos, são atletas que devem perder seus postos para novos atletas. Marquinhos, 24, que ficou no banco de reservas na Rússia pode ser uma nova opção – e possivelmente um novo líder da defesa.

Outra dúvida é com relação à lateral-esquerda. Marcelo, 30 anos, não fez uma boa Copa. Mesmo sendo titular absoluto da posição, ele não deverá continuar em 2022. Alex Sandro, que defende a Juventus, da Itália, e foi revelado pelo Atlético, pode ser uma boa opção para substituí-lo.

Danilo, que praticamente não jogou a Copa por conta das lesões, é a opção inicial para a lateral-direita, que está órfã com a saída de Daniel Alves – isso ficou evidente no Mundial. O setor não tem muitas revelações, e é talvez a grande interrogação do futebol brasileiro para o novo ciclo olímpico (sim, defendemos a medalha de ouro nos Jogos de Tóquio, em 2020) e mundial.

Arthur, agora no Barcelona, é nome certo nas próximas convocações. Foto: Manu Fernández/Estadão Conteúdo
Arthur, agora no Barcelona, é nome certo nas próximas convocações. Foto: Manu Fernández/Estadão Conteúdo

Do meio pra frente, há muitas esperanças. Arthur, que acabou de ser apresentado no Barcelona, e Vinícius Júnior, a novidade do Real Madrid, vão ser nomes certos nas próximas convocações – de Tite ou de quem for o técnico. Assim como Lucas Paquetá, do Flamengo; Luan, do Grêmio; e até mesmo o menino (menino mesmo!) Rodrygo, do Santos mas já a caminho do Real. Enfim, caso permaneça no comando, Tite terá um bom tempo para pensar em como trazer novamente a alegria do torcedor em uma Copa do Mundo.

Claro que com eles estarão Coutinho, Neymar, Douglas Costa e Gabriel Jesus. Mais experientes, eles terão a responsabilidade ainda mais de liderarem a seleção, e também de carregarem os sonhos dos torcedores. Afinal, por mais que todos fiquem com aquele papo de “a Copa não vale nada”, “não torço pra seleção” ou “mimimi do mimimi”, quando chega a hora, todo mundo quer ver a amarelinha no topo.

Ah, e podem deixar o Canarinho Pistola. Ele foi aprovado.

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