O médico da seleção russa, Eduard Bezuglov, contou que alguns atletas da equipe cheiraram amoníaco em partidas da Copa do Mundo.
Ele fez a revelação após os jornais alemães Süddeutsche Zeitung e Bild publicarem reportagens mostrando que os atletas russos fizeram uso do expediente nas partidas contra a Espanha e Croácia, que foram para a prorrogação.
O amoníaco provoca dilatação imediata dos pulmões e de cavidade nasal, aumento do fluxo sanguíneo e aumento da velocidade da vascularização cerebral.
Na NFL, liga de futebol americano dos Estados Unidos é comum os atletas fazerem uso, assim como na NHL, liga de hóquei no gelo, e em competições de levantamento de peso.
O amoníaco não consta na lista de substâncias proibidas da Wada (Agência Mundial Antidoping) que é atualizada a cada ano.
“É um amoníaco simples que é impregnado em algodão. Milhares de atletas em todo o mundo fazem isso por décadas”, disse ao jornal Sport Express.
“Você pode comprar amoníaco e algodão em qualquer farmácia. Isso não tem nada a ver com doping”, continuou.
“Muita vezes é usado também por quem faz trabalhos pesados e para ajudar as pessoas a recuperarem a consciência”, finalizou.
A reportagem entrou em contato com a Fifa, mas não recebeu resposta.
Em casa, a Rússia fez sua melhor campanha em Copas desde o fim da União Soviética. A equipe chegou às quartas de final. Eliminou a Espanha nas oitavas e caiu para a Croácia, após empate em tempo normal e derrota na disputa por pênaltis.