Copa 2018

Marcelo se lesiona, e Brasil agora tem três em recuperação

A lesão sofrida pelo lateral-esquerdo Marcelo no começo do jogo desta quarta-feira (27) contra a Sérvia foi o terceiro problema médico de um dos convocados por Tite durante a disputa do Mundial.

Segundo a CBF, ele sentiu um espasmo na coluna.

“Vamos aguardar. Podemos falar em 24 ou 48 horas [para a recuperação]. Ele foi medicado, ainda é cedo para falar, mas a expectativa é muito boa”, disse o médico da entidade, Rodrigo Lasmar, que não descartou a volta do lateral já nas oitavas de final, diante do México, na segunda (2).

Antes de Marcelo, o lateral Danilo lesionou o quadril durante um treino, e atacante Douglas Costa machucou a coxa direita no jogo contra a Costa Rica. O tempo de recuperação deles não foi estipulado pela equipe médica.

Dos 23 convocados por Tite para a Copa, 7 tiveram algum tipo de lesão recentemente.

Além dos três casos já mencionados, Neymar, que disputa o Mundial menos de três meses após cirurgia por causa de lesão no pé direito, já deixou um treino com dores no tornozelo, mas não ficou de fora de nenhuma partida.

Renato Augusto sentiu dores no joelho esquerdo e ficou oito dias sem treinar. Já recuperado, tem treinado e ficado no banco de reservas.

Após pancada no tornozelo direito, o volante Fred ficou de molho por seis dias. Cortado do primeiro jogo, esteve no banco nos dois seguintes.

Já o lateral Fagner se apresentou à seleção, ainda em maio, com lesão na coxa direita. No dia 31 daquele mês, porém, foi liberado pelo departamento médico e já atuou em duas partidas.

As seleções tiveram até 24 horas antes de seu jogo de estreia na Copa para trocar jogadores lesionados da lista de 23 convocados, recurso não utilizado pela seleção.

O Brasil nunca teve tantos lesionados concomitantemente durante uma Copa.

Em outros Mundiais, a seleção teve no máximo um problema de contusão. No total, cinco jogadores se contundiram somando todas as outras participações brasileiras em Copas do Mundo.

O primeiro desfalque foi Pelé. Na Copa de 1962, no Chile, ele sofreu uma distensão muscular durante a segunda partida do Brasil no torneio, contra a Tchecoslováquia (empate em 0 a 0), pela fase de grupos. Ele não jogou mais nenhum jogo da competição.

O segundo foi na Copa da Alemanha, em 1974. O meia Leivinha sofreu contusão muscular no terceiro jogo do Brasil naquele Mundial, a vitória contra o Zaire por 3 a 0, e ficou fora das demais partidas.

A seleção voltou a ter um problema de contusão na Copa de 1994, nos Estados Unidos. O zagueiro Ricardo Rocha teve lesão muscular logo na estreia, a vitória por 2 a 0 sobre a Rússia. Ele não conseguiu se recuperar e acabou afastado do torneio.

Na Copa de 2010, na África do Sul, o meia Elano teve edema no tornozelo após entrada violenta de Cheick Tioté, da Costa do Marfim, na vitória brasileira por 3 a 1, no segundo jogo da fase de grupos.

O edema no tornozelo direito de Elano persistiu até o final da participação brasileira naquele Mundial, e o meia não jogou mais nenhum jogo.

O último desfalque foi em 2014, quando Neymar sofreu fratura na vértebra lombar depois de entrada por trás do colombiano Juan Camilo Zúñiga, nas quartas de final.

O Brasil venceu aquela partida por 2 a 1, mas o atacante não pôde disputar a semifinal do torneio, quando a seleção foi goleada por 7 a 1 pela Alemanha no Mineirão.

Também ficou de fora da derrota por 3 a 0 contra a Holanda, na disputa do terceiro lugar, em Brasília.

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