LONDRES, REINO UNIDO (UOL/FOLHAPRESS) – O lateral esquerdo Marcelo explicou que a principal diferença entre o papel que desempenha na seleção brasileira, sob o comando de Tite, e no Real Madrid está na parte defensiva.
Ele disse que, com Zinedine Zidane no banco de reservas, tem mais liberdade para atacar. Já pelo Brasil, precisa marcar mais. Na seleção, o Danilo sobe, e eu fecho pelo meio, perto da área. No Real, eu vou como ponta, então tem um volante que fica, que é o Casemiro. Na seleção, a tática não é essa, é outra. Neste aspecto, eles são diferentes. Preciso pegar o último homem e fechar aqui na seleção, explicou.
O lateral é um dos remanescentes do 7 a 1 para a Alemanha, na semifinal da última Copa do Mundo, ao lado de nomes como Fernandinho, Paulinho e Willian. Segundo ele, é importante que todos que passaram por aquela situação consigam tirar aprendizados para evitar que uma trágica derrota se repita.
Eu sempre tiro as coisas boas, né? Trago para a minha vida e uso as coisas ruins para melhorar. A outra Copa foi horrível. Todos os brasileiros se sentiram tristes com o que aconteceu. Temos que viver. Vamos ter outra oportunidade agora e sabemos a pressão que é. É ter a cabeça tranquila e, na minha opinião, não pensar o que aconteceu. É pensar no agora, analisou.
Na visão de Marcelo, é importante usar a experiência para poder praticar o lema que se tornou cada vez mais comum na seleção brasileira: Saber sofrer.
Não acho que tenha sido só com aquela derrota [que fez o time aprender a sofrer]. Os jogadores vão aprendendo, jogam em grandes times no Brasil, jogam em outros times na Europa e vão aprendendo. Hoje, o Tite ajudou bastante a seleção brasileira. Ele sempre fala que vão ter períodos dentro do jogo que a gente vai ter que sofrer. Não somos máquinas, não vamos atacar 90 minutos. É normal. Com o tempo a gente vai aprendendo isso, completou.