SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Diego Armando Maradona declarou que gostaria de voltar a trabalhar em qualquer cargo na seleção da Argentina caso fosse convidado. Técnico do time nacional na Copa de 2010, o ex-jogador destaca que aceitaria trabalhar até de graça.
Sim [aceitaria voltar à seleção] e faria gratuitamente. Não pediria nada em troca, disse Maradona, em seu programa De la Mano del Diez, da emissora Telesur.
O futebol argentino vive uma profunda crise, agravada com a eliminação para a França nas oitavas do Mundial da Rússia. A AFA (Associação de Futebol Argentino) está endividada e não tem recursos para pagar a multa por uma eventual demissão de Sampaoli (US$ 20 milhões).
Craque da Copa de 1986, Maradona foi um crítico da seleção de Jorge Sampaoli durante toda a participação da Argentina na Rússia.
Logo no jogo de estreia empate da Argentina contra a Islândia, o ex-jogador acusou Sampaoli de ter perdido o comando do time na competição. Não havia estratégias e jogadas ensaiadas, reclamou Maradona.
Jogando assim, Sampaoli nem precisa voltar para a Argentina. É uma vergonha não ter uma jogada preparada. Sabendo que os islandeses mediam todos 1,90m, colocamos todos os escanteios pelo alto para a área. Não fizemos uma jogada curta, reclamou Maradona.
Maradona também criticou a comissão técnica montada por Sampaoli. Ele chegou à seleção argentina com um arsenal de auxiliares e quer ensinar que a bola é redonda. Isso é o que ele mais erra. Nós que somos do futebol não recordamos de nenhum gol do Sampaoli, ou de ninguém comentando um gol que ele fez. Então, ele tem que ter um grande respeito pelo nosso legado e pelo que fizemos com a Argentina, disse.