A seleção brasileira entra em campo nesta quarta (27) precisando ao menos empatar contra a Sérvia para classificar-se às oitavas de final da Copa do Mundo da Rússia. O problema é que o adversário é forte justamente no que a equipe de Tite apresenta mais fragilidade: a bola aérea.
A equipe europeia é também a mais alta da Copa, com média de 1,88m de altura por atleta, dez centímetros a mais que o Brasil, com 1,78m. O atacante Aleksandar Mitrovic, por exemplo, tem 1,89m, mais do que todo o time titular de linha da seleção.
Na defesa, o zagueiro Thiago Silva tem 1,83m, contra 1,86m de Miranda. Os laterais Marcelo e Fágner apresentam 1,74m e 1,68m, respectivamente. De todo o time principal que começa a partida pelo Brasil nesta quarta, Mitrovic só é mais baixo que o goleiro Alisson, que tem 1,93m.
Até o momento, em 23 partidas com Tite no comando, o Brasil sofreu seis gols, sendo cinco na bola aérea.
“A Sérvia trabalha muito a bola parada e os cruzamentos, chegada melhor do Kolarov, chegada mais atrasada do Ivanovic. Pivô que sustenta e tem muita condição de cabeceio”, analisa Cleber Xavier, braço-direito de Tite na comissão técnica da seleção.
O gol sérvio na derrota contra a Suíça, por exemplo, foi de cabeça, marcado pelo próprio Mitrovic. O centroavante de 23 anos é a única referência do esquema tático do adversário do Brasil, um 4-5-1.
“É uma equipe muito forte fisicamente. Tem uma boa média de altura, cerca de 1,88. Eles devem usar muito a bola parada. Temos que estar atentos neste quesito e ficar de olho na segunda bola. Temos que estar ligados nesse sentido para fazer um bom jogo”, complementou o zagueiro Thiago Silva.
Na segunda-feira, quando realizou o último treinamento em Sochi sem a presença da imprensa, Tite reservou uma parte da atividade para treinar bola parada.
A Sérvia é tida pela comissão técnica do Brasil como um rival perigoso.
No aspecto tático, a equipe atua em uma linha de quatro defensores, com outros quatro meio-campistas e um meia chegando por trás do pivô, Milinkovic, completando o quinto membro do setor médio sérvio.
Os meias, além de arriscarem contra-ataques pelas laterais, ainda voltam bastante para marcar, com as duas linhas baixas pelo centro, de Milivojevic e Matic.
A análise é que o lateral Marcelo deve tentar evitar os cruzamentos de Tadic, que costuma procurar Mitrovic na grande área para o cabeceio.
O mesmo faz Kolarov, lateral e capitão, mas pelo lado esquerdo, sempre com o apoio de Kostic, que atua mais avançado.
“Nossa seleção está trabalhando muito. A gente sabe das qualidades do adversário, reconhece como ponto forte a bola parada. Estamos preparados para enfrentar esse tipo de adversário e seguramente vamos fazer um grande jogo”, disse o zagueiro Miranda.
O outro gol da seleção europeia na Copa, em vitória diante da Costa Rica, foi o próprio Kolarov quem anotou, em lance de bola parada. A ordem no Brasil é evitar faltas perto da área, pois o lateral esquerdo adversário sabe finalizar muito bem.
Uma das preocupações, por isso, é com as bolas aéreas na segunda trave. Até porque Fágner, 1,68m de altura, que virou titular com a lesão de Danilo -que tinha 1,84m de altura- costuma ter essa dificuldade no Corinthians, quando o cruzamento vem da esquerda para a direita.
Outro que é visto com cuidado é o meia-armador que atua mais pela direita, Tadic, 29, que defende o clube inglês Southampton há quatro anos, onde é titular absoluto. São mais de 40 partidas pela seleção da Sérvia.
Brasil e Sérvia se enfrentam nesta quarta-feira (27), a partir das 15h (21h no horário russo), no estádio do Spartak.
A altura dos titulares de Brasil x Sérvia:
SÉRVIA
Stojkovic – 1,95
Tosic -1,85
Ivanovic – 1.85
Kolarov – 1.87
Milenkovic – 1,95
Milivojevic – 1,86
Tadic -1,81
Kostic – 1,84
Sergej – 1,92
Matic – 1,94
Mitrovic – 1,89
BRASIL
Alisson – 1,93
Fagner – 1,68
Miranda – 1,86
Thiago Silva – 1,83
Marcelo – 1,74
Casemiro – 1,85
Paulinho – 1,81
Coutinho – 1,72
Willian – 1,75
Gabriel Jesus – 1,75
Neymar – 1,75