SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Desde 2010, Larissa Riquelme é lembrada a cada quatro anos. A modelo paraguaia, que torceu pela seleção de seu país na Copa do Mundo da África do Sul, mudou de vida após o decote que lhe deu fama. O rótulo de “musa” não a incomoda, mas o preço do sucesso foi caro: ela admite que saiu dos holofotes por causa das notícias falsas envolvendo seu nome.

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“Nas redes sociais, chamo as pessoas de ‘sangrentas’, porque pensam que podem nos julgar ou se meter na nossa vida sem saberem o que acontece entre quatro paredes. Quando a imprensa tira frases de contexto ou inventa coisas, as pessoas creem em tudo que vê e pensam que sabem tudo”, desabafa a modelo em entrevista ao UOL.

O sucesso espontâneo, porém, foi muito mais vantajoso para Larissa. Ela fatura divulgando marcas e serviços de beleza para mais de 2,4 milhões de seguidores em suas redes sociais e viaja pelo mundo como garota propaganda. Recentemente, esteve no México e assinou contrato com uma empresa brasileira de cosméticos e maquiagem.

Hoje com 33 anos, Larissa nunca deixou de realizar ensaios sensuais, mas para divulgar os produtos veste trajes mais comportados do que os da Copa de 2010. Segundo ela, é uma exigência de quem a contrata para ser “normal”, e não um símbolo sexual como ficou conhecida em trabalhos anteriores, como o ensaio nu para a revista “Playboy” (a segunda mais vendida em 2010, com 286 mil exemplares).

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“Não mudei. As marcas que me contratam não querem a Larissa Riquelme sexy, sensual, e sim a Larissa ‘família’. Se pedirem fotos sensuais, eu farei. Se me pedirem uma foto séria, normal, para vender um produto para a família, também vou fazer. Minha profissão me dá a virtude de representar as pessoas de diferentes maneiras, dependendo do que a empresa contratante me pede”, explica.

PROMESSA AO BRASIL

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“Boleira” como toda a família e o namorado, o jogador Jonathan Fabbro, Larissa Riquelme torce pelo Cerro Porteño em seu país e pelo Corinthians no Brasil, time dos paraguaios Balbuena e Romero. Sem o Paraguai no Mundial da Rússia, ela torce pelo Brasil e pelo México, mas nas oitavas de final a modelo admite estar dividida.

“Assisti ao jogo do Brasil e sofri muito! Sou paraguaia, mas meu país não está na Copa e adotei México e Brasil, dos quais ganhei mais do que carinho, um amor incondicional. Brasil é minha segunda casa. Realizei meus maiores sonhos no Brasil. Hoje, estou feliz porque estão nas oitavas de final, mas o Brasil encontrará o México e me parte o coração”, lamenta.

A reportagem, Larissa decide “sair do muro”: ela vai torcer pelo Brasil contra o México nesta segunda-feira (2). E até promete refazer a famosa pose que a tornou conhecida no mundo todo: “Vou matar os mexicanos, mas se o Brasil passar às quartas de final vou fazer a mesma foto, com a camiseta verde amarela e o celular entre os peitos”.

A longo prazo, Larissa Riquelme promete lançar uma autobiografia que já começou a escrever: “Quero contar minha vida. Quero que as pessoas me conheçam e que saibam o que penso, o que sofri, do que ri, do que chorei, o que me deram, o que me tiraram e o que me roubaram”.