SÃO PETERSBURGO, RÚSSIA (UOL/FOLHAPRESS) – A França é a primeira finalista da Copa do Mundo disputada na Rússia. Após superar Argentina e Uruguai em oitavas e quartas, a equipe de Didier Deschamps venceu a Bélgica nesta terça-feira (10) por 1 a 0 e carimbou a vaga para o duelo final de domingo (15), em Moscou. É a primeira vez que o país decide um Mundial após a era Zidane, líder do título de 1998 e do vice de 2006.

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A classificação justamente com um gol de Umtiti premia uma geração que venceu o Mundial sub-20, em 2013, e lutava para mostrar sua eficiência no time principal. Além do zagueiro nascido em 1993, Pogba, Areola e Thauvin também estavam na conquista.

O grupo promissor já havia mostrado seu valor em 2014, no Brasil, e criou enorme expectativa para a Eurocopa disputada em casa, em 2016. A derrota para Portugal por 1 a 0, no entanto, lançou questionamentos. A solidez na campanha da Rússia vem servindo para espantar possíveis críticas.

Outros jovens destaques da campanha que levou a França à final são Varane e Mbappé. O primeiro não chegou a disputar o Mundial sub-20 de 2013, mas é contemporâneo da geração. O segundo, com apenas 19 anos, já divide com Griezmann e Pogba os holofotes da equipe.

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ESTRANGEIROS

Autor do gol que garantiu a vaga na final, Umtiti representa ainda uma equipe formada por 19 jogadores com alguma ligação com outras nações. Na miscigenada França, apenas o goleiro Lloris, o zagueiro Pavard e os atacantes Giroud e Thauvin não têm nenhuma conexão com outros países.

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O zagueiro nascido em Camarões puxa a fila dos imigrantes. Além dele, Mandanda também não nasceu na França –é do Congo. Outros nasceram em territórios que pertencem ao país ou têm pais e avós em nasceram em outras nações.

Em 1998, no primeiro e único título mundial, Zidane já liderava a equipe multicultural. De origem argelina, o craque ainda tinha a companhia de Desailly, nascido em Gana, Patrick Vieira (Senegal), além de Lilian Thuram e Thierry Henry (ambos de Guadalupe).

DESCHAMPS

Capitão do time (na final) e responsável por erguer a taça há 20 anos, Didier Deschamps agora é o comandante dessa geração jovem, que terá a chance de repetir o maior feito do futebol em seu país. O tamanho da conquista de 1998 é tão grande que a seleção nunca conseguiu se desvencilhar totalmente dele.

Didier Deschamps, atual treinador, é um representante daquela geração, assim como Laurent Blanc, seu antecessor no cargo e zagueiro campeão do mundo.

Desde 1998, na verdade, só um único técnico da seleção francesa não fazia parte do time ou da estrutura extra-campo que foi campeã do mundo -Jaques Santini, técnico de 2002 a 2004. Com a ida para a final, a geração de Pogba, Griezmann e Mbappé tem a chance de finalmente dar o passo seguinte.