Copa 2018

Fifa registra 30 casos de sexismo na Copa do Mundo na Rússia

A Fifa e a sua parceira Fare Network, entidade que monitora discriminação e racismo, informaram que até o momento na Copa do Mundo foram registrados 30 casos de sexismo e assédios contra mulheres na Rússia. 

Todos eles fora de estádios e muitos registrados por meios de redes sociais, como foi o caso de brasileiros cantando “B… rosa” para uma russa. Houve também caso de jornalistas atacadas e beijadas à força por torcedores.

“Até o momento podemos falar de 30 casos e atos de sexismo. Muitas vezes envolvendo mulheres russas abordadas por um grupo de torcedores. Este número pode ser até dez vezes maior, mas muitos não são reportados”, afirmou Piara Powar, diretor-executivo da Fare Network.

“Estes casos aconteceram fora dos estádios e soubemos pela mídia e redes sociais, que nos permitem monitorar de uma maneira muito melhor a situação”, disse Federico Addiechi, chefe de sustentabilidade e diversidade da Fifa. “Não creio que seja uma situação diferente do que vimos no Brasil em termos de sexismo”, completou.

A entidade e a Fare também afirmaram que muitas das pessoas identificadas em atos de sexismo tiveram suas Fan ID (identidade do fã) canceladas. O documento é necessário para acessar os estádios e serve como visto de permanência na Rússia.

A Fifa afirmou também estar satisfeita com a situação vista na Rússia em relação às medidas antidiscriminação tomadas e o baixo número de casos registrados dentro dos estádios.

Antes do Mundial, havia um grande temor por questões como homofobia e racismo. “Ainda há três jogos adiante, mas estamos satisfeitos com toda a situação. O número de incidentes foi pequeno e os mecanismos que colocamos em prática nos ajudaram muito”, disse Addiechi.

Entre as medidas tomadas dentro dos estádios houve a inclusão de três observadores para analisar o comportamento dos torcedores e um sistema que permite ao árbitro paralisar a partida em caso de ofensas racistas ou homofóbicas. No entanto, nenhum jogo foi paralisado por discriminação.

“Nossa experiência foi muito positiva. Os russos desempenharam um ótimo papel, as pessoas que aqui vieram ficaram surpresas com o comportamento das pessoas”, afirmou Powar.

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