SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O diretor da Comissão de Arbitragem da Fifa, Massimo Busacca, informou nesta terça-feira (12) que o árbitro que cometer grande erro não terá nova chance no Mundial. O recado foi dado em meio à promoção do sistema de ajuda eletrônica à arbitragem (VAR), que pela primeira vez será utilizado em Copa do Mundo.
Não apita mais [quem cometer erro grave]. Por isso estamos apoiando a tecnologia de correção de erros, enfatizou Busacca, que é ex-árbitro.
Para os jogos do Mundial, a Fifa montará enorme aparato eletrônico. Serão 35 câmeras e uma ilha de edição durante as partidas. Quatro juízes serão utilizados somente para cuidar do VAR, fornecendo informações ao quarteto de arbitragem juiz, dois assistentes e quarto árbitro.
“O tempo para análise é pouco perto do resultado final de uma partida”, exaltou Busacca.
Em conferência à imprensa nesta terça, em Moscou, o presidente da Comissão de Arbitragem da Fifa, Pierluigi Collina, informou que os assistentes da Copa do Mundo foram orientados a não levantar a bandeira em caso de dúvida em jogadas de impedimento.
A ordem é deixar o jogo prosseguir para que o lance seja analisado posteriormente pelas lentes do VAR.
A intervenção do VAR não é uma decisão final. O árbitro poderá olhar o vídeo. Isso pode mudar a história, especialmente quando as situações são preto no branco, complementou Busacca.
Para o jogo inaugural da Copa, Rússia x Arábia Saudita, na quinta-feira (14), o árbitro escolhido foi o argentino Nestor Pitana. O brasileiro Sandro Meira Ricci será o quarto árbitro.
A equipe de arbitragem da Fifa reiterou que será “tolerância zero” a atos de racismo em campo e também a simulações. Neste último caso, os juízes foram orientados a advertir o jogador que tentar enganar a arbitragem.
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