Cristiano Ronaldo, 33, mostrou novamente por que é candidato para ganhar o prêmio de melhor jogador do mundo pela sexta vez na carreira. Com três gols, o camisa sete comandou a seleção portuguesa no empate diante da Espanha por 3 a 3, nesta sexta-feira (15), no estádio Olímpico Fisht, em Sochi, pela primeira rodada do Grupo B.
O atacante, que teve pela frente no início do jogo pelo menos três jogadores de seu atual time, o Real Madrid, foi decisivo nos principais momentos da partida. Logo aos 3 minutos, recebeu passe na intermediária, invadiu a área e foi derrubado por Nacho. Ele cobrou o pênalti com categoria e abriu o placar.
Nos acréscimos do primeiro tempo, quando a Espanha já havia empatado em belo gol do brasileiro naturalizado espanhol Douglas Costa e controlava a posse de bola, o português apareceu novamente e contou com a falha do goleiro De Gea, que não conseguiu segurar um chute da entrada da área.
Ele voltou a aparecer aos 43 minutos do segundo tempo, quando cobrou falta com categoria e colocou no ângulo para definir o placar da partida em 3 a 3. A Espanha havia empatado com o próprio Diego Costa, aos 9 minutos da etapa complementar, e virado pouco depois em um belo gol de Nacho, que finalizou de primeira de fora da área. A bola ainda tocou na trave antes de entrar.
Com os três gols marcados, Cristiano Ronaldo chegou a seis em Copas do Mundo. Nos três mundiais anteriores que disputou, ele havia feito apenas três: em 2006 (contra o Irã), em 2010 (diante da Coreia do Norte) e em 2014 (contra Gana).
Assim, igualou Pelé e os alemães Uwe Seeler e Klose, os únicos a marcarem gols em quatro mundiais consecutivos.
Nas três oportunidades anteriores, Portugal alternou boas e más campanhas nos mundiais. Há quatro anos, foi eliminado na primeira fase em um grupo com Alemanha e Estados Unidos. Na África do Sul, parou na própria Espanha nas oitavas de final, enquanto na Alemanha ficou na quarta colocação.
Neste ano, o português já havia brilhado na campanha do Real Madrid na conquista da Liga dos Campeões. Ele terminou a competição com 15 gols -cinco a mais do que Salah, Mané e Firmino, todos do Liverpool, vice-campeão europeu.
Assim, ele se torna cada vez mais favorito para ganhar o prêmio de melhor do mundo pela sexta vez e passar o argentino Messi, que tem cinco conquistas.
Ele, porém, terá que levar a seleção portuguesa o mais longe possível neste mundial, provavelmente o seu último na carreira. O país tem como melhor desempenho a terceira colocação em 1966.
Já a Espanha, que era apontada como uma das favoritas ao título, manteve o seu estilo de valorizar a posse de bola e controlar o jogo. A “Fúria” trocou de treinador dois dias antes da estreia. Na quarta-feira (13), a Real Federação Espanhola demitiu o técnico Julen Lopetegui, que estava invicto no cargo há 20 jogos.
Ele foi demitido após não comunicar os dirigentes da entidade que havia acertado para assumir o Real Madrid após a Copa do Mundo. No banco de reservas, ficou o ex-zagueiro Fernando Hierro, que exercia o cargo de diretor de seleções -mesma função de Edu Gaspar na equipe brasileira.