Copa 2018

Crise no início e adeus precoce marcam fim de geração da Espanha

A eliminação da Espanha poderá também marcar o fim da geração mais vitoriosa da história do país.

Andrés Iniesta, 34, anunciou após a eliminação para a Rússia -derrota por 4 a 3 nos pênaltis após empate por 1 a 1- que não segue mais na seleção.

“Acaba uma etapa maravilhosa. Às vezes os finais não são como se espera ou sonha. Em conjunto, seguramente deve ser o dia mais triste da minha carreira”, disse o jogador que na próxima temporada defenderá o Vissel Kobe (JAP).

Gerard Piqué, 31, não deu pistas sobre seu futuro na equipe nacional. Mas há chances de não voltar a jogar mais pelo time nacional. No domingo (1º), deixou o estádio Lujniki sem falar com os jornalistas.

Seu companheiro de zaga, Sergio Ramos, 32, por outro lado afirmou que seguirá atuando no time nacional e tem o desejo de disputar o Mundial do Qatar, em 2022.

“Vou me ver obrigado a seguir na seleção porque dá pena como saímos daqui. Vou chegar ao Qatar de barba branca (risos)”, disse o capitão da seleção.

Os três, além do goleiro reserva Pepe Reina, 35, e dos meio-campistas Sergio Busquets, 29, e David Silva, 32, eram os únicos remanescentes do título mundial de 2010 na África do Sul que atuaram na Copa da Rússia. Todos também estavam no título da Eurocopa de 2008 e 2012, com exceção de Busquets, que não atuou em 2008.

“Não pode haver uma ruptura do sistema. Claro que muitos jogadores importantes se vão, mas também há gente que vem forte. Todas as seleções vivem uma troca de geração. Temos jovens bons e de muita personalidade”, completo Ramos.

O que também não há certeza na Espanha após mais uma queda precoce -havia caído na fase de grupos no Brasil, em 2014- é sobre quem será o comandante.

No Mundial, Fernando Hierro teve de assumir o cargo de treinador a dois dias da estreia após a demissão de Julen Lopetegui, que dirigiu a seleção ao longo dos dois últimos. Sua saída foi anunciada após acertar contrato com o Real Madrid.

Foi a primeira experiência como treinador do ex-zagueiro, que estava trabalhando como dirigente da Real Federação Espanhola de Futebol.”Foi um prazer ter treinado esta equipe. Seguir ou não, não é uma decisão minha. Depois de uma eliminação, a minha situação é o de menos”, disse o treinador.

Luis Rubiales, presidente da federação, também evitou fazer uma projeção agora sobre o futuro do comando técnico.

“Só quero agradecer ao Fernando Hierro pelo que ele fez e pelo comportamento. Nas próximas semanas veremos o que é melhor para todos. É um momento de dor e ainda mais quando você é superior. Mas é preciso tranquilidade. No esporte, nem sempre ganha o melhor”, disse.

O tempo para se ter uma definição não é assim tão grande. Em 8 de setembro, ou seja em pouco mais de dois meses, a seleção já estará de volta à ação. Enfrenta a Inglaterra na Liga das Nações, novo torneio criado pela Uefa, e que será classificatório para a Eurocopa de 2020.

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