MARCEL RIZZO

continua após a publicidade

MOSCOU, RÚSSA (UOL/FOLHAPRESS) – Na Rússia, país que enfrenta um problema grave de alcoolismo na população masculina, comprar cerveja em estádios é uma coisa cara. Durante a Copa do Mundo, um copo de cerveja custa R$ 21,00. É quase o dobro do que era cobrado, por exemplo, no Brasil para a Copa de 2014, onde a cerveja mais cara dentro dos estádios saia por R$ 13,00 —com correção monetária, o valor subiria para R$ 16,44).

Os preços altos, aliás, não são exclusividade dos itens alcoólicos. Um copo de água, por exemplo, custa R$ 12,00 –no Brasil, o preço era R$ 6,00. Os preços foram conferidos no estádio Lujniki, que recebeu a abertura nesta quinta-feira (14).

Salgar preços em suas lojas oficiais, seja nas barracas de alimentação ou nos quiosques de produtos oficiais, é comum em eventos Fifa. O mascote da Copa de 2018, o lobinho Zabivaka, por exemplo, custa de R$ 120,00 a R$ 180,00. Mesmo em lojas oficiais da Fifa online a mascote sai por menos de R$ 100.

continua após a publicidade

Nesta quinta, uma camisa com a marca do Mundial custava R$ 210,00. E era a mais simples delas. Quem quisesse sair do Lujniki com uma camisa oficial da seleção da Rússia, porém, pagava bem mais: R$ 360,00.

Na última Copa, no Brasil, o Fuleco, mascote oficial, custava R$ 80,00 em sua versão menor. Bonés eram vendidos a R$ 70,00 nas lojas oficiais dentro das arenas brasileiras. Nas russas, não vão sair por menos R$ 90,00.

continua após a publicidade

Quem tiver paciência até o fim do Mundial pode esperar a tradicional liquidação que a Fifa faz no último jogo de cada uma das sedes. No Brasil, o Fuleco caiu para R$ 40 ao fim do torneio. “Para uma Copa do Mundo, vale pagar. É a cada quatro anos”, disse o mexicano Javier Talares.

É essa mentalidade que criou uma cena irônica na porta do estádio nesta quinta: a loja oficial da Copa, com preços inflados e apelo ao consumo, foi montada embaixo de uma grande estátua de Lenin, líder soviético.