A CBF confirmou que enviaria nesta segunda-feira (18) um documento formal à Fifa em que reclama da arbitragem do mexicano Cesar Ramos na estreia da seleção brasileira na Copa do Mundo da Rússia, o empate por 1×1 com a Suíça, no último domingo (17), em Rostov. A revolta envolve a não marcação de falta do meio-campista Zuber no zagueiro Miranda no lance do gol da equipe adversária.
Na carta, que seria enviada à Comissão de Arbitragem da Fifa, a CBF declararia que considera estranho que Ramos não tenha nem solicitado a utilização do árbitro de vídeo no lance. Para a entidade, o protocolo para o uso do VAR não foi cumprido pelo juiz, seus assistentes e pelos árbitros de vídeo, sendo que o recurso já foi utilizado em diversas oportunidades no começo desta edição da Copa do Mundo.
Os brasileiros também reclamaram de um pênalti em Gabriel Jesus, que teria sido puxado por um zagueiro dentro da área, no segundo tempo. Mas o próprio técnico Tite entendeu ser sido este um lance interpretativo, assim como outros membros da sua comissão e até mesmo companheiros do atacante do Manchester City, que assegura ter sido derrubado no lance, quando o placar estava empatado por 1×1.
Para os membros da CBF e da seleção, se os lances eram duvidosos, deveria ter ocorrido a consulta ao VAR, mesmo que o árbitro optasse por não marcar a falta em Miranda, principal alvo da reclamação da entidade, assim como o pênalti em Gabriel Jesus. Além disso, há dúvidas sobre como e se Ramos recebeu informações de que as duas jogadas reclamadas pela equipe nacional foram legais.
A reclamação formal da CBF a ser enviada à Fifa foi confirmada após uma série de decisões envolvendo membros da comissão técnica de Tite e da diretoria da confederação. A decisão, inclusive, vai em uma direção um pouco diferente da adotada pelo treinador na entrevista coletiva após o duelo com a Suíça no último domingo.
O comandante reclamou do trabalho do árbitro mexicano, mas também declarou que a discussão não deveria ser expandida, até para não ser vista como uma tentativa de minimizar o resultado abaixo do esperado na estreia brasileira na Copa do Mundo.
Mais cedo, a Fifa avaliou como boa a atuação de Ramos, o que teria irritado ainda mais a cúpula da CBF. Essa defesa do trabalho do árbitro mexicano, inclusive, teria pesado na decisão da confederação de enviar o documento reclamando do trabalho do árbitro.