Em uma Copa do Mundo em que as zebras estão correndo soltas e as principais seleções estão com dificuldades, o Brasil passou longe de ser eliminado. Talvez longe não seja a palavra certa, mas a seleção brasileira fez aquilo que se esperava dela. Ao bater a Sérvia por 2×0, na quarta-feira (27), terminou em primeiro lugar no grupo E, com sete pontos, e avançou com sobras para as oitavas de final.
Agora, terá pela frente o México, adversário que encarou em 2014, na fase de grupos, quando ficaram no 0x0. O duelo será na próxima segunda-feira (2), às 11h, em Samara. Quem ficou em segundo lugar foi a Suíça, que sofreu o empate em 2×2 com a Costa Rica nos acréscimos, quando Brian Ruiz bateu o pênalti no travessão, mas contou com a sorte com a bola batendo na cabeça do goleiro e indo para o fundo das redes. Agora, os suíços pegam a Suécia.
Mas, mais do que a posição no grupo, o Brasil mostrou uma importante evolução. Do time que sofreu para empatar em 1×1 com a SuÍça, na estreia, para o que derrotou a Sérvia houve uma mudança na postura. A seleção está mais organizada, jogando com mais velocidade, embora ainda abuse dos erros nas finalizações e acabe tendo problemas de marcação.
O último capítulo na fase de grupos começou com ares de tensão. Afinal, qualquer deslize poderia custar caro. Ainda mais quando a Suíça abriu o placar contra a Costa Rica. Neste momento, os comandados por Tite estavam na segunda colocação e um gol do adversário o deixaria fora da zona de classificação. A ansiedade era enorme, dentro e fora de campo. E a Sérvia se aproveitou disso começando melhor o duelo.
Só que, aos poucos, os ânimos foram sendo controlados. Se Neymar, de quem tanto se esperava, não brilhava, Philippe Coutinho mais uma vez, foi decisivo. Dessa vez não com um gol, mas com uma assistência que valeu tanto quanto. O camisa 11 do Brasil fez belo lançamento para Paulinho, que, dominou e deu um tapa por cima do goleiro. Era o que o time precisava.
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Apesar do sufoco no início da etapa final, quando Thiago Silva e Alisson salvaram, o Brasil teve controle da maior parte do tempo, com espaço para tocar a bola. Mas, mais uma vez faltou agressividade e objetividade. Ironicamente, diante de um time de gigantes – apenas um jogador da Sérvia tinha menos de 1,80m -, o segundo gol veio de cabeça. Aos 22, Neymar cobrou escanteio e Thiago Silva cabeçou para as redes, matando o jogo.
Serão, daqui para frente, quatro dias de preparação para o duelo com o México, pelas oitavas de final. Pela frente, um adversário que soube jogar contra o atual campeão mundial, a Alemanha, quando venceu por 1×0. Mas que foi atropelado ontem, quando levou 3×0 da Suécia. Por isso, deve vir fechado, apostando nos contra-ataques. Apostando justamente no ponto fraco brasileiro. Mas, até lá, a missão de Tite é corrigir isso e dar um passo a mais na busca pelo tão sonhado hexa.