Sob comando estrangeiro, a seleção da Bélgica enfrenta o Japão nesta segunda (2), na Arena Rostov, às 15h, com a missão de mostrar um futebol que a credencie como uma das quatro melhores seleções do mundo, objetivo traçado pela federação belga para o torneio na Rússia.

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Se somadas, as últimas transações dos quatro destaques do time europeu movimentaram quase R$ 300 milhões, em valores atualizados.

Hazard chegou em 2012 ao Chelsea, dois anos antes do goleiro Courtois. De Bruyne mudou-se do futebol alemão para o Manchester City em 2015. E Lukaku, no ano passado, saiu do Everton para o Manchester United.

A estrelada geração belga já criava expectativas na Copa do Mundo do Brasil, há quatro anos, mas parou nas quartas de final contra a Argentina. Dois anos depois, na Euro-2016, realizada na França, outra eliminação nas quartas, desta vez para o País de Gales.

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A federação belga, então, optou por uma mudança de curso e trocou o técnico.

Marc Wilmots, ex-jogador que inclusive fez um gol de bicicleta contra o Japão na Copa do Mundo de 2002, foi demitido, sob justificativa de que ele não conseguia fazer um time equilibrado, apesar dos vários craques que tinha em mãos.

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Para o lugar dele, chegou o espanhol Roberto Martínez, 44, contratado após ser sabatinado em uma entrevista de emprego. Agora, para o leste europeu, ele trouxe um elenco em que 22 dos 23 jogadores atuam fora do país. É um recorde nesta Copa, igualado só pela seleção da Suécia.

Com uma carreira discreta como jogador, Martínez, que há mais de 20 anos está radicado na Inglaterra, onde fez a carreira de treinador, alcançou números expressivos.

Em 23 jogos à frente da seleção, perdeu apenas um jogo, o da estreia, por 2 a 0, em um amistoso contra a Espanha. Nas eliminatórias da Europa, foi o primeiro a conseguir a vaga. Em dez partidas, venceu nove e empatou uma. O time dirigido por ele fez 2,8 gols por partida em média.

Quando foi contratado, em agosto de 2016, Martínez, que é casado como uma britânica e tem filhos nascidos na Inglaterra, estava desempregado havia três meses. Ele fora demitido em maio do Everton, clube em que chegou a treinar Lukaku, após sequência deu uma vitória em dez jogos.

A melhor colocação de uma seleção belga até hoje foi um quarto lugar, em 1986. Para ajudar na missão de ao menos repetir o feito, o técnico aceitou a proposta da federação de colocar o ex-jogador francês Thierry Henry, campeão do mundo em 1998, na comissão técnica.

Dentro de campo, a principal mudança em relação ao trabalho de Wilmots foi o esquema tático. Para não perder as características ofensivas, mas tentar também não tomar gols, ele passou a jogar no 3-4-3.

O esquema que deu certo na primeira fase da Copa, nas três vitórias do time contra Panamá, Tunísia e Inglaterra. Foram noves gols feitos, a melhor marca da fase de grupos.

“O jogo contra a Inglaterra [vitória por 1 a 0] mostrou como o nosso sistema defensivo está forte. Ele portou-se bem durante os 90 minutos”, analisa Martínez.

Nas duas vezes que parou nas quartas de final, no Brasil e na Euro-2016, com o belga Wilmots, os belgas jogavam no 4-3-3 ou 4-2-3-1.

Entrevistado nesta semana por um jornal belga, Wilmots disse que ainda não está convencido de que o esquema adotado pelo seu sucessor pode dar certo quando tiver que jogar com grandes equipes, como o Brasil. Se Bélgica e Brasil passarem pelas oitavas, vão se cruzar nas quartas de final, em Kazan.

BÉLGICA

Courtois; Alderweireld, Boyata, Vertonghen; Meunier, Witsel, De Bruyne, Carrasco; Mertens, Lukaku, Hazard. T.: Roberto Martínez

JAPÃO

Kawashima; Sakai, Shoji, Yoshida, Nagatomo; Hasebe, Shibasaki, Haraguchi, Kagawa, Inui; Osako. T.: Akira Nishino

Local: Arena Rostov

Horário: 15h desta segunda

Juiz: Malang Diedhiou (SEN)