Gabriel Jesus, 21, desfruta da confiança de Tite desde que estreou na seleção brasileira e marcou dois gols na vitória fora de casa sobre o Equador por 3 a 0, há quase 22 meses.

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Após desperdiçar uma boa oportunidade e apresentar um futebol apenas mediano no último domingo (20), no empate diante da Suíça, o artilheiro da era Tite terá mais uma chance de mostrar que o treinador ainda está certo em mantê-lo no time para o duelo contra a Costa Rica, nesta sexta-feira (22), às 9h.

E justamente quando seu principal concorrente demonstra estar em uma fase melhor. Roberto Firmino, 26, vem ganhando prestígio com o técnico e está cotado para virar titular na última partida da primeira fase do Mundial, caso o camisa nove não tenha novamente uma boa exibição.

Dos últimos sete jogos da seleção, em cinco deles Gabriel Jesus foi substituído durante o segundo tempo pelo atacante do Liverpool. No domingo, a substituição foi repetida aos 33 minutos, e o camisa 20 encontrou mais espaço e quase desempatou a partida em uma finalização com o pé direito e outra numa cabeçada.

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“Teve a entrada do Firmino, que está muito bem, apesar da boa movimentação do Gabriel. Firmino está em momento de alta confiança”, disse Tite após a estreia contra a Suíça.

Mesmo assim, o treinador preferiu manter o seu camisa nove na equipe titular.

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Os números realmente comprovam a boa fase do alagoano. Na última temporada europeia, Firmino marcou 27 gols em 54 jogos, média de 0,5 por partida. Ele ainda foi vice-artilheiro da Liga dos Campeões com 10 gols (cinco a menos que Cristiano Ronaldo) e o líder de assistências, com sete.

O jogador, que havia ganhando três dias de folga após o vice-campeonato da Champions, se apresentou à seleção antes do previsto para brigar pela vaga na equipe.

Já Gabriel Jesus tem uma média um pouco inferior. Fez 17 gols em 42 jogos (0,40) pelo Manchester City. No início do ano, teve uma lesão no joelho e ficou quase dois meses sem atuar. Na seleção, os números do centroavante do City são melhores. Ele fez dez gols em 18 jogos.

Firmino, titular apenas três vezes com o treinador, porém, foi melhor nas três últimas partidas. Ele marcou na vitória sobre a Croácia por 2 a 0, no dia 3, e deu uma assistência para Coutinho no triunfo sobre a Áustria por 3 a 0.

Apesar da disputa, os dois mantêm um discurso parecido desde o início da preparação e jogam a decisão nas mãos do técnico Tite.

Com Gabriel Jesus em campo, a seleção ganha um jogador que tem mais presença de área. Já Firmino não tem a mesma presença do camisa nove, mas consegue sair para tabelar com os companheiros e até armar algumas jogadas. Ele já foi chamado de atacante moderno por Tite e pelo seu treinador, Jürgen Klopp.

Depois de passar em branco no primeiro jogo contra a Suíça, quando perdeu uma chance em uma cabeçada após cobrança de escanteio, Gabriel Jesus terá outra chance de se tornar o jogador mais jovem a marcar pela seleção em uma Copa desde Clodoaldo, em 1970. Na oportunidade, o volante marcou na vitória sobre o Uruguai por 3 a 1, na semifinal. Ele tinha 20 anos e 264 dias.

O recorde é de Pelé, que fez um gol com 17 anos e 239 dias na vitória sobre o País de Gales, na Copa de 1958. É o mais jovem da história até hoje.

Gabriel Jesus completou 21 anos em abril. Se marcar contra a Costa Rica, terá feito pela seleção brasileira um gol com 21 anos e 80 dias. 

OS SEIS MAIS JOVENS A MARCAR PELA SELEÇÃO EM COPAS

Pelé – 17 anos e 239 dias (Copa do Mundo-58)

Tostão 19 anos e 171 dias (Copa do Mundo-1966)

Mazzola – 19 anos e 319 dias (Copa do Mundo-58)

Leônidas – 20 anos e 263 dias (Copa do Mundo-1934)

Perácio – 20 anos e 215 dias (Copa do Mundo-1938)

Clodoaldo – 20 anos e 264 dias (Copa do Mundo-70)