A Copa do Mundo começa nesta quinta (14), às 12h, com as duas piores seleções em campo, ao menos pelo ranking da Fifa. A Rússia, 70ª colocada, vai enfrentar a Arábia Saudita, 67ª.
Será a pior abertura da história das Copas de acordo com a posição no ranking introduzido em 1992.
Até então, a mais fraca das aberturas havia ocorrido em 2010, com África do Sul, 83ª, contra o México, 24º.
Com diversas alterações ao longo da história e mais uma prevista após este Mundial, o ranking da Fifa dá peso maior aos jogos realizados ao longos dos últimos 12 meses, com os anteriores a este período perdendo o valor de forma gradativa, sempre considerando a média em uma fórmula matemática complexa.
No atual sistema, por exemplo, partidas amistosas têm peso 1; as de eliminatórias, 2,5; as de torneios continentais e de Copa das Confederações, 3, e as da Copa do Mundo, 4. Isso ajuda a explicar em parte a pior posição da Rússia na história.
Desde julho de 2016, quando acabou a Eurocopa, os russos só disputaram três jogos oficiais. Na Copa das Confederações de 2017, ganharam da Nova Zelândia e perderam de Portugal e México.
Mas a fase também não anda boa nem em amistosos. A última vitória aconteceu em 7 de outubro de 2017, um 4 a 2 sobre a Coreia do Sul.
Desde então, são sete partidas sem vitória, com quatro derrotas e três empates.
Assim, a seleção chega mais pressionada do que nunca ao Mundial, e o técnico Stanislav Tchertchesov tem sido bombardeado de críticas e perguntas mais duras em todas as suas entrevistas, como a que ocorreu nesta quarta-feira (13).
“Eu espero manter o meu emprego nos próximos anos. Crítica é natural, mas queremos ser bem tratados. Vamos trabalhar, eu não falo sobre críticas com o meu time. Pode elogiar também, elogio é uma forma de crítica”, disse o treinador.
Fazer um esboço da escalão é tarefa quase impossível. Nesses sete amistosos, Tchertchesov não repetiu o time em nenhuma oportunidade. Até os jornalistas russos têm dificuldade de dizer quem entrará em campo.
Entretanto, há boas chances de o Brasil ter um representante, o lateral direito Mário Fernandes, 27. Ele tem passaporte russo desde 2016.
Se na Rússia há problemas, o mesmo pode se dizer da Arábia Saudita. Em quatro amistosos nesta reta final de preparação, perdeu três e ganhou um, da Grécia, que não está no Mundial.
Desde o fim das eliminatórias, na qual acabou em segundo de seu grupo -atrás do Japão-, o time já trocou duas vezes de treinador.
Em setembro do ano passado, o argentino Edgardo Bauza assumiu o cargo no lugar do holandês Bert van Marwijk. Em novembro, após três jogos e uma vitória e dois empates, o treinador também foi demitido, como seu antecessor.
Para seu lugar, chegou outro argentino: Juan Antonio Pizzi. Ele havia deixado o Chile após fracassar nas eliminatórias sul-americanas.
“É um grande êxito a seleção se classificar ao Mundial pelas eliminatórias em uma região tão difícil. Por isso, temos mérito com direito a ambição máxima. A primeira ambição é ganhar da Rússia. Não tenho em minha cabeça nenhuma visão que não seja a Rússia”, afirmou o treinador.
Os outros integrantes do Grupo A são Uruguai e Egito, que se enfrentam em Iekaterinburgo na sexta (15).
RÚSSIA
Akinfeev; Smolnikov, Kutepov, Ignashevich; Samedov, Zobrin, Gazinskiy, Zhirkov; Dzagoev, Smolov, Golovin. T.: Stanislav Tchertchesov
ARÁBIA SAUDITA
Al Maiouf; Al Shahrani, Os Hawsawi, Om Hawsawi, Al Hardi; Otayf, Al Shehri, Al Jassim, Al Faraj, Al Dawsari; Al Muwallad Al Harbi. T.: Juan Antonio Pizzi
Estádio: Lujniki, em Moscou (RUS)
Horário: 12h (de Brasília) desta quinta
Juiz: Néstor Pitana (ARG)
