Copa 2014 garante R$ 4,5 bilhões para Curitiba

Curitiba receberá R$ 4,5 bilhões em investimentos para a Copa do Mundo de 2014. O valor foi confirmado ontem, em reunião de representantes da cidade com o governo federal, em Brasília. O metrô deve consumir a maior parte dos recursos.

Representantes de seis ministérios e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) participaram do encontro. O objetivo principal foi definir a responsabilidade da União, estados e municípios nos projetos relativos à Copa.

O encontro durou cerca de três horas e meia. Além do projeto da Arena da Baixada, foram tratados temas como aeroporto, setor hoteleiro, mobilidade urbana e isenção fiscal para as obras e ações que envolvem o mundial de futebol.

Segundo o vereador Mário Celso Cunha (PSB), que participou da reunião, o ministro do Esporte, Orlando Silva, ressaltou a necessidade de definição imediata no projeto dos estádios.

“Os prazos estabelecidos pela Fifa foram confirmados. As obras têm que começar até o dia 1.º de março de 2010 e estar concluídas até o final de 2012”, destaca. Rodolfo Torres, diretor do BNDES, confirmou uma linha de crédito exclusiva para os estádios.

O banco pode financiar até 75% de cada projeto, com um limite de R$ 400 milhões. Os juros devem ficar na casa de 10% ao ano. A carência será de dois anos e o prazo de pagamento, de 120 meses.

O BNDES procura uma alternativa para viabilizar o investimento nos três estádios particulares indicados: Arena, Beira-Rio e Morumbi. “A intenção é oferecer condições semelhantes aos públicos. Mas os clubes têm dívidas elevadas e dificuldades para apresentar garantias”, diz Mário Celso.

Segundo o vereador, uma alternativa seria o banco emprestar os recursos aos governos estaduais ou prefeituras. “Daí, ficaria a cargo das câmaras municipais e assembléias criar leis que permitam o repasse do dinheiro aos clubes”, afirma.

Prioridades

Durante a reunião, o governo federal pediu que a cidade definisse quais projetos devem ter prioridade. A conclusão do estádio foi colocada em primeiro lugar, seguida pelo metrô e pelas obras de mobilidade urbana.

O ministro Orlando Silva manifestou dúvidas se haverá tempo hábil para a conclusão das obras do metrô. A primeira fase do projeto, que cobrirá 13 quilômetros, tem custo previsto de R$ 1,2 bilhão e deve estar pronta até 2013, para que as obras não atrapalhem a realização da Copa das Confederações.

Entre as obras de mobilidade urbana, se destacam reformas na Avenida das Torres e na Visconde de Guarapuava. “Serão investidos R$ 17 milhões em alargamentos e trincheiras na ligação com o aeroporto”, diz Mário Celso.

Curitiba foi representada pelo secretário Luiz de Carvalho, gestor da Copa na cidade; Alcidino Bittencourt, presidente da Coordenação da Região Metropolitana (Comec); Wilson Portes, secretário do Comitê Executivo da Copa, técnicos do Ippuc e vereadores da comissão da Copa na câmara municipal.

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