Copa 2014 em Curitiba virou pesadelo

O impasse sobre as obras de adequação da Arena da Baixada para a Copa do Mundo 2014 voltou a ser tratado como “pesadelo”. Foi o que afirmou o presidente da comissão da Câmara Municipal de Curitiba para o torneio, vereador Pedro Paulo (PT), após reunião realizada ontem com o presidente atleticano, Marcos Malucelli.

Por causa das exigências da Fifa, alega-se que os valores das obras vão subir de R$135 milhões para R$ 220 milhões. Marcos Malucelli não atendeu aos telefonemas da Tribuna para comentar o assunto.

No entanto, de acordo com o presidente da comissão da Câmara para a Copa 2014, a diretoria do Rubro-Negro voltou a se posicionar em não investir mais que R$ 45 milhões nas obras da Arena.

“O argumento foi que terminariam o estádio para o uso do clube com esse valor. Mas alterando o orçamento pra cima não teriam condições de aportar recursos próprios”, disse o vereador Pedro Paulo.

O governador do Paraná, Beto Richa, e o prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, já estão conscientes da alteração de valores, de acordo com o vereador Pedro Paulo. “Como o poder público não pode investir dinheiro em uma obra privada, a única alternativa seria que esse excedente (de R$ 85 milhões) fosse financiado pela iniciativa privada. É a partir disso que buscam uma solução.”

Os valores repassados na reunião seriam referentes às adequações em questões como geradores de energia, novos pontos de iluminação, rebaixamento do gramado, sistema de drenagem, troca de cadeiras, adequações na construção do centro de imprensa, além do próprio encarecimento no mercado da construção civil.

Apesar de afirmar que desconhece o orçamento de R$ 220 milhões, o gestor municipal para assuntos da Copa 2014, Luiz de Carvalho, disse que o acréscimo no preço da obra já era esperado pelo fato de o convênio entre Atlético, governo e prefeitura ter sido assinado em 2009. “Nesse período houve percentual inflacionário, variação no custo da mão de obra, material empregado, projeto. Isso tudo altera os valores”, admite.

No entanto, para o gestor municipal, o momento é precipitado para se calcular a alta no valor das obras. “Estamos aguardando as isenções tributárias que serão anunciadas em 30 de maio pela presidente Dilma Rousseff. Só a partir de então sai o veredicto final sobre os números. Pelo mesmo motivo o Corinthians adiou hoje (ontem) o início da obra de seu estádio e a contratação da empreiteira”, argumentou.

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