Convidado de gala do Rio Open – inclusive dá o nome à quadra principal do complexo construído no Jockey Club Brasileiro, no Rio de Janeiro -, Gustavo Kuerten chegou nesta quinta-feira ao local para acompanhar a competição. O tricampeão de Roland Garros, muito requisitado pelos fãs, elogiou a realização do torneio ATP 500 e a importância da presença de grandes nomes do tênis, principalmente pelo momento difícil que o Brasil está enfrentando. E falou também do suíço Roger Federer, que recentemente retomou o posto de número 1 do mundo mesmo aos 36 anos.
“Confesso que achei que ele não teria essa retomada, voltou fazendo chover dentro de quadra, com uma serenidade ímpar. Ele se desgasta pouco, tem extrema tranquilidade na hora de resolver os jogos, isso o faz ganhar um ano, dois ou até três”, comentou Guga Kuerten, que tem um retrospecto favorável contra Roger Federer – venceu dois dos três encontros que teve contra o suíço no circuito profissional.
“Ele é o segundo melhor então. Dei sorte e parei na hora certa. O estranho é que lembro que não era difícil ganhar dele”, ironizou o catarinense aos risos. Gustavo Kuerten fez questão de destacar a idade avançada de Roger Federer ao conseguir este feito. “Ficar fora com 33 ou 34 já é super duvidoso, ainda mais tendo que lidar com (Andy) Murray e (Novak) Djokovic, que vinham avassaladores”, comentou Guga, que também falou sobre a importância que o espanhol Rafael Nadal tem neste processo.
“É super emocionante ver os dois (Federer e Nadal) voltarem a brilhar, mostrando que é possível fazer diferente e encontrar soluções. Um provoca o outro, é uma competição legítima e aberta”, finalizou o assunto o ex-tenista, que soma 20 títulos em simples e 43 semanas como número 1 do mundo.
Gustavo Kuerten falou também sobre ter ficado em 21.º lugar em uma lista de 50 nomes da renomada revista norte-americana “Tennis”, que está elegendo os maiores jogadores da Era Aberta (a partir de 1968) que conquistaram Grand Slam. A publicação está anunciando os jogadores eleitos aos poucos. A lista completa com 50 nomes, 25 de cada sexo, sairá na edição de março/abril.
“Fiquei surpreso, é extraordinário estar entre nomes de tenistas grandiosos, principalmente porque minha carreira foi curta. Acho que estou tão bem colocado porque essa eleição vai além das vitórias e conquistas, tem a ver com meu jeito, de colocar emoção nas conquistas, tocar o coração das pessoas, que acho que foi minha marca dentro de quadra”, disse o jogador, que mais uma vez entregará o troféu ao campeão do Rio Open.