Contusão de Gérson muda o Paraná

O técnico Caio Júnior foi obrigado a alterar seus planos para o jogo frente ao Internacional, sábado, em Porto Alegre. O meia Gérson foi vetado pelo departamento médico e o mais cotado para ocupar a vaga é Sandro.

O Paraná Clube encara a partida atrasada – da 17.ª rodada do Brasileirão – como um ?bônus?, num momento de definições. De olho em uma das vagas para a Libertadores, o Tricolor não quer perder a chance de ?amazenar gordura? para a reta final da competição.

Cauteloso, Caio Jr. preferiu não oficializar o time e ainda vai ter uma conversa com o volante Beto. Recuperando-se de um trauma no tornozelo esquerdo, o capitão foi poupado do coletivo de ontem. O treinador não descarta a possibilidade de não relacionar Beto para o jogo, pensando no futuro. ?Não quero correr o risco de perdê-lo para jogos futuros?, disse Caio Jr., que ontem escalou Pierre na posição. Beto vem convivendo com essa lesão desde o jogo frente ao Fluminense, quando levou uma ?pancada? no tornozelo.

Já a situação do meia Gérson é definitiva. O jogador – que vinha se firmando na equipe titular – voltou a reclamar de um desconforto no ombro direito, logo no início do coletivo, quando usou o braço para impedir uma queda. Gerson ficou um mês parado devido à uma lesão no local, quando correu o risco de passar por cirurgia para a correção dos ligamentos do ombro. Agora, a contusão é muscular, mas no mesmo ombro. ?Não há como liberá-lo. Haveria o risco de precisar tirá-lo logo no começo do jogo. Com a dor no local, não poderia sofrer nenhum choque?, confirmou o médico Júnio Chequim.

Num primeiro momento, o técnico colocou Sandro na posição. Mesmo sem passar bom momento técnico, o meia já foi titular absoluto da equipe e formou com Maicosuel e Leonardo um ataque mortal.

O objetivo de Caio Jr. é recuperar o atleta, sem descartar outras opções e até mesmo variações táticas. Na fase final do treino, o time estava no 4-4-2, aproveitando a disponibilidade de meias-atacantes do atual elenco.

?É uma idéia que está amadurecendo. Aos poucos, acho que essa formatação será assimilada?, confirmou o técnico paranista, que vê nesse posicionamento uma estratégia interessante para futuros jogos em casa. Na Vila Capanema, onde o Paraná terá que impor um ritmo mais forte no ataque, é possível que Caio Jr. abra mão – pela primeira vez na temporada – do sistema com três zagueiros. ?Nunca escondi que é uma tática que gosto muito. Mas é preciso um tempo significativo para a adaptação?, finalizou o treinador.

Técnico implanta nova dinâmica

Na reta final do Brasileiro, o Paraná Clube terá uma nova dinâmica de treinos. Caio Júnior trocará os coletivos por jogos-treino, visando a mobilização de todo o grupo para a seqüência de jogos decisivos que o clube realizará. Nesse processo, haverá também treinamentos com o time B, que a partir de sábado começa a disputa da Copa 100 Anos, da Federação Paranaense de Futebol.

Pelo menos uma vez por semana, o ?expressinho? realizará um trabalho ao lado da equipe principal. ?Assim, além da integração, ficará mais fácil para o Ary montar seu time?, disse Caio Jr, referindo-se a Ary Marques, que comandará a equipe B do clube, formada por atletas que estão no último ano de júnior e ?peças excedentes? do grupo principal.

Chance para jogadores como Da Silva, Cuca, Mancera, Vandinho e outros, que não estão sendo aproveitados no Brasileiro. Só que desta vez Ary Marques trabalhará com uma equipe-base, minimizando as dificuldades encontradas na disputa da Divisão de Acesso, quando o Paraná B entrava em campo sem realizar um treino em conjunto sequer.

?Acredito que com essa formatação de treinos vamos melhorar a condição de todo o grupo, dando atenção não apenas àqueles que estão jogando?, disse Caio Jr. ?A idéia é ter todos os atletas em plena forma e com ritmo de jogo, para qualquer eventualidade?, justificou o treinador paranista.

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