Ainda em recuperação no Brasileirão, o Santos vai receber o Bahia, às 16 horas deste sábado, na Vila Belmiro, em Santos, em busca de alívio na briga contra o rebaixamento. A equipe comandada pelo técnico Cuca, há 26 dias no cargo, passou por uma “metamorfose” dentro de campo e deu à torcida motivos para ficar otimista.
O Santos está em 13º lugar no torneio, com 21 pontos e uma partida a menos do que alguns de seus concorrentes contra o descenso. Cuca conseguiu apenas uma vitória na competição desde que foi contratado, contra o Sport, mas a entrega dos jogadores em campo, “bonita de ver”, de acordo com o técnico, e a postura agressiva na saída de bola do adversário, para recuperá-la ainda no campo de ataque, dão outra cara ao time. “Na Argentina, nós trabalhamos com duas linhas de quatro e dois atacantes. Mas nós marcamos em cima”, analisou Cuca, comentando o empate por 0 a 0 com o Independiente, na terça-feira.
A melhora de produção mais evidente é a de Gabriel, antes criticado pela torcida por causa da postura em campo e também pelo nível de atuação. Com Cuca, o atacante se mostra mais participativo em campo e adaptado à função de centroavante, posição que, quando a equipe era treinada por Jair Ventura, o próprio jogador fazia questão de salientar que não era a dele.
Depois da chegada de Cuca, duas alterações no elenco mexeram de forma significativa nas escalações do treinador. David Braz, contestado pela torcida, foi emprestado para o Sivasspor, da Turquia, saída que abriu espaço para Luiz Felipe, hoje lesionado, e Gustavo Henrique voltarem a atuar com regularidade, como acontecia até ambos operarem o joelho, em 2016. Antes cotado para ser negociado, Lucas Veríssimo ficou no Santos e retomou o posto de titular na zaga.
A outra mudança foi a entrada do meio-campista Carlos Sánchez no time. Dos três estrangeiros contratados recentemente pela diretoria, o uruguaio foi o único a ganhar uma vaga de imediato, enquanto o costa-riquenho Bryan Ruiz ainda não apresenta condição física ideal e o paraguaio Derlis González sofre com forte concorrência no ataque.
Ao lado de Sánchez, Alison e Diego Pituca se consolidaram no meio de campo ideal de Cuca, pelo menos enquanto Ruiz ainda não tem ritmo, enquanto Renato, titular nas primeiras partidas do treinador, e Jean Mota perderam espaço. Rodrygo foi efetivado no lado direito do ataque, o desafio agora é conseguir melhorar o rendimento de Bruno Henrique, que sofreu com lesões nos primeiros meses do ano e ainda não repetiu, com consistência, as atuações de 2017.
O Santos deve ter quase força máxima contra o Bahia, com exceção dos desfalques de Victor Ferraz e Alison, suspensos. Daniel Guedes vai assumir o lugar na lateral direita, mas Cuca disse que ainda tem dúvida para escolher o substituto do volante. Jean Mota, Guilherme Nunes, Renato e Bryan Ruiz estão cotados para a vaga. Os lesionados Luiz Felipe e Yuri também estão fora.