Continua a confusão no Estadual

A bola nem começou a rolar e o Paranaense 2007 já está uma balbúrdia. Ações, liminares, brigas judiciais têm a preferência dos noticiários futebolísticos em vez da preparação das equipes. A mais nova informação vem do STJD – Superior Tribunal de Justiça Desportiva – o qual, na tarde de ontem, reafirmou a participação do Engenheiro Beltrão na rodada inaugural do Estadual. O documento do STJD é a resposta ao pedido de esclarecimento (embargo declaratório) feito pela FPF – Federação Paranaense de Futebol – para saber se ela deveria ou não marcar os jogos envolvendo o Engenheiro Beltrão, que está assegurado na disputa graças a uma liminar (cópia da decisão).

Apesar dessa decisão do STJD, ainda muita água vai rolar e novas mudanças podem vir a acontecer antes e durante o transcorrer do campeonato. Ressalta-se que ainda não foram julgados o pedido de tutela antecipada, solicitada pelo advogado Domingos Moro (representante do Toledo) ao STJD, no qual busca-se que não sejam marcados jogos envolvendo Engenheiro Beltrão e Toledo, times que brigam por uma vaga na competição estadual. A expectativa é que essa questão seja julgada até o próximo dia 18 de janeiro.

Também falta ser apreciado o pedido de revisão de sentença do caso envolvendo União Bandeirante – também solicitado por Moro ao STJD -, no qual o União teria utilizado jogadores irregulares e posteriormente rebaixado, mas reconduzido à elite do futebol do Paraná por determinação do próprio STJD. No entanto, pelo entendimento de Moro, o União teria pedido desfiliação à FPF em agosto e, desta maneira, não poderia ser beneficiado pela decisão do STJD.

E finalmente, a questão envolvendo o Iguaçu, que teria participado da Divisão de Acesso de 2006 com o CNPJ -Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica-irregular. A ação contra o time de União da Vitoria foi impetrada pelo Engenheiro Beltrão e deve ser decidida nos próximos dias. Mas em se tratando de futebol paranaense, mais emoções são esperadas fora de campo.

Competição com 14 times?

Além de toda essa confusão judicial, chegou-se a falar ontem que o Paranaense seria disputado por 14 clubes. Essa idéia resolveria, em tese, as pendências judiciais das equipes que disputam vagas na competição. De ?maneira simples? seria cumprido o que está nos regulamentos das Séries Ouro e de Acesso, que determinam o descenso e ascensão de dois clubes. No caso, Lusinha e Cascavel – campeão e vice – subiriam para a Ouro. As vagas com a fusão de Adap e Galo Maringá e a desistência do União seriam abolidas e os clubes (3.º e 4.º lugares do Acesso) não teriam direito a elas. Porém, a tentativa de simplificar a briga e iniciar o Estadual com 14 times caiu por terra com a decisão enviada na tarde de ontem ao Eng. Beltrão, na qual a FPF foi obrigada a incluir o clube no Estadual.

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