Três vezes campeão da Volta da França, Alberto Contador culpou nesta quinta-feira uma carne contaminada pelo resultado positivo em teste antidoping realizado durante a edição de 2010 da competição, no mais recente escândalo envolvendo substâncias proibidas no ciclismo. “É um caso claro de contaminação alimentar”, afirmou.

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O espanhol foi suspenso provisoriamente após um laboratório alemão reconhecido pela Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) encontrar uma “muito pequena concentração” de clembuterol na mostra de urina de Contador do dia 21 de julho na Volta da França, de acordo com um comunicado da União Ciclística Internacional (UCI).

Contador afirmou que a carne foi levada para a França durante um dia de descanso da competição, a pedido do cozinheiro da equipe Astana. Ele disse que o espanhol José Luis Lopez Cerron, organizador da Volta de Castilla e León, transportou o alimento. Mais cedo, Cerron disse em uma entrevista que ele era um amigo do chefe da equipe, que tinha se queixado da má qualidade da carne do hotel onde a equipe se hospedou.

Contador afirmou que comeu a carne em 20 de julho e novamente em 21 de julho. Chateado com a punição, ele classificou a suspensão da UCI foi um “verdadeiro erro”. Ele revelou que soube do resultado positivo em 24 de agosto e reuniu-se com os médicos da UCI dois dias depois.

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“No dia 26 nós conversamos longamente sobre como tudo isso tinha acontecido. A própria UCI me disse na minha cara que era um caso de contaminação alimentar”, disse Contador.

Ele disse que esteve em conversações com a UCI desde então “para lidar com isso da forma mais adequada possível e analisá-la e ver claramente que é um caso de contaminação alimentar em que eu sou a vítima”.

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