A votação do balanço do Atlético relativo a 2011 teve de ser adiada por falta de tempo hábil para avaliação das contas e de assinaturas de conselheiros. Segundo o clube, o documento foi entregue 20 minutos antes do início da reunião do conselho deliberativo, ontem, impedindo que os conselheiros fizessem uma “varredura” apropriada das contas da gestão do ex-presidente Marcos Malucelli. Além disso, o balanço deveria ter a assinatura de, pelo menos, dois representantes do conselho fiscal da direção passada, e constava apenas um nome no documento.
A data limite para a votação encerra hoje e o clube deve ampliar este prazo para que, ainda em abril, consiga fechar o balanço. Mas o documento só poderá ir à votação se cumprir as normas previstas no estatuto, contendo as duas assinaturas exigidas. A expectativa maior em torno da votação era referente aos R$ 20 milhões que a gestão anterior recebeu da Rede Globo pela renovação do contrato de direitos de imagem do Campeonato Brasileiro no período 2012-2015.
Enquanto a administração anterior trata os valores como luvas, a nova diretoria entende que foi um adiantamento de recursos e não quer incluir o valor no balanço de 2011. A retirada dos R$ 20 milhões implicaria nas contas do clube. Sem ele, a contabilidade do ano passado fecha com déficit. Com o bônus da TV, ela encerra com superávit.
Em relação às obras na Arena da Baixada, os dirigentes não apresentam novidades. O clube ainda está na fase de espera pela liberação do empréstimo de R$ 138,4 milhões do BNDES, bem como do aditivo no convênio feito com a prefeitura e governo estadual, que precisa ser revisto e encaminhado ao Tribunal de Contas do Estado.
Sem o aditivo, o clube fica impedido de ter a liberação da antecipação dos R$ 30 milhões pedida no começo de abril para que a CAP S/A possa dar continuidade nas obras, sem risco de paralisação. O TCE pediu a suspensão de todos os recursos até que o novo convênio seja revisto e aprovado.