Dois grandes reservatórios de água construídos para evitar inundações na região da Arena das Dunas durante a Copa do Mundo salvaram o estádio nos três dias de chuva intensa sobre Natal. Neste domingo, a prefeitura informou que a precipitação passou de 300 milímetros em pouco mais de 48 horas, volume maior do que o previsto para todo o mês de junho.

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A chuva provocou inundações e deslizamentos de terra em vários pontos da cidade, mas a Arena das Dunas, que receberá o jogo entre Gana e Estados Unidos na noite de segunda-feira, não foi prejudicada. Os piscinões de emergência, que estavam praticamente vazios até o meio da semana passada, agora têm um nível alto.

O menor deles, com profundidade de 9 metros, está a quase 100% da capacidade. O maior, onde a profundidade chega a cerca de 15 metros, está com metade da capacidade, aproximadamente. Os piscinões têm um sistema de bombeamento interligado que permite equilibrar o volume de água quando um deles está muito cheio.

Os dois reservatórios ficam bem próximos ao estádio, na região do complexo de prédios do governo do Estado do Rio Grande do Norte. Alguns pontos da Governadoria, no entanto, estão alagados, mas nenhum provoca grandes transtornos a quem circula pela área externa da Arena. Muitas obras incompletas, no entanto, deixaram terra espalhada pela área. Com a chuva intensa, muita lama ainda permanece no entorno.

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A prefeitura conta com o trabalho de um equipe de professores de engenharia, arquitetura e outras especialidades da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) para avaliar a necessidade de decretar estado de calamidade pública.

Os especialistas foram aos locais mais atingidos pelo temporal para avaliação e se reuniram no final da manhã com autoridades. A decretação do estado de calamidade ou de emergência, no entanto, só deve acontecer na segunda, caso seja realmente decidido que isso é necessário.

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