O consórcio que administra o Maracanã rebateu na tarde desta sexta-feira as declarações do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, que pela manhã afirmou que o estádio ficou de fora das Eliminatórias da Copa do Mundo por considerar que o local “não tem condições de receber jogos da seleção brasileira”. O Consórcio Maracanã lembrou que a arena carioca recebeu quase três dezenas de partidas neste ano e teve seu gramado bem avaliado pela própria CBF.

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“A Concessionária Maracanã esclarece que neste ano já foram realizados 27 jogos de futebol no estádio, alguns deles com os maiores públicos do País, o que comprova o perfeito funcionamento de suas instalações. Também é importante registrar que a vistoria promovida pela CBF atribuiu recentemente nota 4,75 ao gramado do Maracanã, numa escala em que o máximo é 5, atestando seus altos padrões para a realização de qualquer competição”, afirmou o consórcio, em nota.

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Dirigentes da CBF e o próprio técnico Tite haviam dito reiteradas vezes que tinham a intenção de levar jogos do Brasil para o Maracanã – a seleção principal não joga lá desde a final da Copa das Confederações de 2013. A ideia era encerrar a participação nas Eliminatórias deste ano no local, mas, alegando problemas com o estádio, a CBF optou em levar o jogo para o Allianz Parque, em São Paulo.

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Nesta sexta-feira, logo após Tite anunciar a última lista de convocados para o qualificatório, Del Nero voltou a citar problemas como a causa da retirada do Maracanã para a partida com o Chile, no próximo mês.

“Nós queremos jogar. O estádio tem que ter condições mínimas, e se não tem não podemos fazer jogo lá. A gente faz em estádio que está bom”, disse o cartola. “É feita uma avaliação geral pelo nosso departamento de competições, é ele que faz essa avaliação. Ele tira lá suas avaliações e passa para nós. ‘Olha, não está em condições de receber o jogo da seleção brasileira’, e é isso que acontece.”

O Maracanã vem sendo administrado pelo atual consórcio por força de decisão judicial, já que a controladora do estádio tenta devolver a concessão. “A Concessionária Maracanã lembra também que há um ano comunicou oficialmente sua decisão de que houvesse encerramento do contrato de concessão, pois o mesmo se tornou inviável economicamente após ter sido descaracterizado por iniciativas do governo do estado. Na ocasião, ainda em 2016, o governo manifestou publicamente que iria promover uma nova licitação, o que não foi realizado até agora. Em novembro passado, conforme previsão contratual, foi iniciado um processo de arbitragem, conduzido pela FGV, em decorrência de não haver um acordo entre as partes”, considerou o consórcio.