Responsável pela reforma do Mineirão para a Copa de 2014, o consórcio Minas Arena, formado pelas empresas Construcap, Egesa e Hap, está negociando diretamente com os operários da obra que entraram em greve nesta quarta-feira. O governo mineiro diz que acompanha o caso, esperando que o “assunto seja resolvido nas próximas horas”, mas lembrou que trata-se de uma “negociação privada”.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Construção de Belo Horizonte e Região, a paralisação desta quarta-feira contou com adesão praticamente total dos cerca de 500 funcionários no canteiro de obras do Mineirão. Mas o consórcio responsável afirmou, através de nota do governo estadual, que a greve foi parcial e que 60 máquinas e equipamentos mantiveram os trabalhos de terraplenagem e fundações em ritmo normal durante o dia.
Os operários pedem aumento salarial e melhorias nas condições de trabalho. Os representantes do consórcio Minas Arena devem fazer uma proposta aos trabalhadores, que pretendem discutir a continuidade da paralisação numa assembleia marcada para a manhã desta quinta-feira.
Através da nota divulgada pela Secretaria de Estado Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa), o consórcio “informa que cumpre todas as exigências da convenção coletiva do Sindicato da Construção Civil Pesada e mantém altos padrões de qualidade e segurança”. O Minas Arena também garante estar aberto ao diálogo.
Apesar da greve dos operários desta quarta-feira, quando houve uma paralisação parcial das obras, o governo mineiro manteve a previsão de conclusão da reforma do Mineirão para dezembro de 2012 – candidato a receber o jogo de abertura, o estádio em Belo Horizonte é um dos mais adiantados na preparação para a Copa de 2014.