O presidente do conselho deliberativo do Vasco, Luis Manuel Fernandes, anunciou nesta segunda-feira que a reunião que definirá o novo mandatário do clube acontecerá nesta sexta. Depois de um longo imbróglio na Justiça, o conselho se encontrará na noite do dia 19 para colocar fim à confusão e, finalmente, definir quem comandará o time cruzmaltino no próximo triênio.

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A chapa “Sempre Vasco”, encabeçada por Julio Brant, venceu a eleição do ano passado, de acordo com a última decisão da Justiça, que invalidou os votos da polêmica urna 7. Por isso, a tendência é que Brant assuma o poder no clube cruzmaltino, substituindo Eurico Miranda, seu concorrente.

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“A definição da convocação foi feita em clima de normalidade. Será realizada no dia 19, sexta-feira, com primeira convocação às 20 horas e segunda convocação às 20h30. A data foi sondada junto com a pessoa que a chapa que se considera vencedora tinha indicado. Não sou advogado, nem juiz. Prefiro não me meter nessa disputa jurídica”, declarou Fernandes.

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Se não houver qualquer reviravolta na Justiça, a chapa “Sempre Vasco” indicará 120 conselheiros, enquanto a “Reconstruindo o Vasco”, de Eurico, terá apenas 30. São ainda 150 conselheiros natos, o que resulta nos 300 que têm direito a voto. Nestas circunstâncias, portanto, Brant é amplo favorito a ficar com a presidência.

Este cenário só se tornou possível por uma série de liminares de ambos os lados após a eleição de novembro. Nela, a chapa de Eurico saiu vencedora, mas apenas graças aos votos da urna 7, que foi impugnada diante das acusações de fraude. Sem estes votos, anulados pela Justiça, a chapa liderada por Brant levou a melhor.

Desde então, os dois lados trocaram farpas e Brant chegou a dar entrevista na qual já se considerava presidente do Vasco e acusava Eurico de organizar um “desmanche” intencional na estrutura e no elenco do clube. O presidente rebateu e apontou uma tentativa de “boicote” do concorrente. Nesta segunda, Fernandes também criticou Brant.

“Meus meios de comunicação passaram a ser inundados por xingamentos e ameaças, coisa que eu nunca passei na minha vida. De onde surgiram essas mensagens? Até sexta-feira eu nunca tinha recebido mensagens desse tipo. Soube depois que o candidato Julio Brant havia dado uma coletiva na tentativa de criar o caos. Lembrando que ele se apresentou ali falando em nome da ética, como exemplo de gestor neoliberal. Mas a ética para quem ocupa funções públicas é a ética das consequências”, apontou.