O Conselho Deliberativo do Santos voltou a reprovar as contas de 2018, o primeiro ano da gestão do presidente José Carlos Peres. O balanço financeiro do clube havia sido rejeitado há um mês pelos conselheiros, o que se repetiu nesta terça-feira, mesmo com o dirigente tendo o direito de apresentar a sua defesa.

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O caso, agora, vai para a Comissão de Inquérito e Sindicância do Santos. Esse órgão terá 15 dias para apresentar o seu parecer apontando se houve gestão temerária. E pode definir punições em diferentes graus, como advertência ou até mesmo a exclusão do quadro de sócios do Santos, o que provocaria a queda de Peres da presidência e de outros membros da sua chapa.

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Além disso, a reprovação das contas abre caminho para apresentação de novos processos de impeachment – no ano passado, em votação dos sócios, Peres escapou de perder o seu mandato.

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Após a apresentação da defesa da gestão de Peres, o Conselho Fiscal do Santos sugeriu a reprovação do balanço. Para isso, se baseou em três pontos: o déficit de R$ 77 milhões, acima de 20% da receita orçada do exercício anterior em desacordo ao Profut, os impostos não pagos e o não cumprimento do orçamento.

Sem êxito, Peres defendeu que o Santos teria fechado 2018 com as contas em dia se a venda de Rodrygo ao Real Madrid tivesse sido contabilizada no ano passado. Ele também afirma ter pago a maior parte dos impostos atrasados, mas admite que ainda há cerca de R$ 4 milhões a serem quitados.

Já os outros 12 pontos apresentados antes da primeira votação foram reclassificados como informativos ou como ressalvas.