A Iaaf (Associação Internacional das Federações de Atletismo, na sigla em inglês) manteve nesta segunda-feira a suspensão por tempo indeterminado da Rússia – que teve seu 10.º recurso recusado desde o início da punição em novembro de 2015 – devido ao caso de doping apoiado pelo Estado, considerando que ainda não foram cumpridas duas condições.

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O Conselho da Iaaf, reunido em Doha, no Catar, explicou que quer que a Rússia pague os custos do processo e que ainda aguarda pelo resultado das amostras recolhidas pela Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) no laboratório de Moscou, em janeiro.

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De acordo com Rune Andersen, diretor do grupo de trabalho da Iaaf para o caso de doping na Rússia, a Federação Russa de Atletismo tem apresentado alguns problemas logísticos em relação ao pagamento, que o organismo internacional pretende resolver em breve. “Os dados (do laboratório de Moscou) estão para serem autenticados pela Wada, que considera a transmissão dos resultados para a AIU (Unidade para a integridade do Atletismo) uma prioridade”, disse.

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O caso remonta ao escândalo de doping revelado em um relatório do dirigente canadense Richard McLaren, que descobriu uma rede destinada a forjar resultados de controles que envolvia membros do Estado russo. Essa situação levou à exclusão do atletismo do país dos Jogos Olímpicos do Rio-2016 e do Mundial de 2017, além da participação sob bandeira neutra nos Jogos de Inverno de PyeongChang-2018, na Coreia do Sul.

Ao contrário do que acontece com a Iaaf, a Wada e o Comité Olímpico Internacional (COI) já suspenderam as sanções à Rússia.