Campeão brasileiro de 2001 e segundo maior ganhador paranaense, com 24 taças (contra 38 do Coritiba), o Atlético-PR, enfim, ergueu um troféu internacional. Em momento no qual revitaliza e muda toda a identidade visual, o clube fundado em 1924 espera capitalizar em cima da conquista de diversas formas: do ponto de vista financeiro, graças à gorda premiação pelo título da Copa Sul-Americana, e de afirmação dentro do continente. Um salto de patamar após 94 anos de história?

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“Não será para tanto, mas valoriza seu modelo de gestão”, acredita Amir Somoggi, especialista em marketing esportivo. “Para clubes como o Atlético-PR, uma competição como a Sul-Americana é fundamental, já que a Libertadores fica cada vez mais difícil em função do orçamento dele ser menor que o de outros clubes e pelo equilíbrio que mantém nos gastos. Mas há as premiações, que melhoraram, e tem a Copa Suruga, que é pouca coisa, mas dá a possibilidade de ir jogar fora”, afirma.

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Ele se refere à competição que existe desde 2008 e reúne os campeões da Sul-Americana e da Copa J. League, do Japão. A competição é realizada durante o segundo semestre, em agosto, no Japão.

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Além dela, o futuro Club Athletico Paranaense vai disputar a Copa Libertadores pela sexta vez na história (participou em 2000, 2002, 2005, 2014 e 2017). Em 2005, foi vice ao perder a final para o São Paulo. Também terá pela frente a Recopa, contra o River Plate, em partidas marcadas para 20 de fevereiro e 6 de março.

Em relação à premiação, o clube vai embolsar US$ 4,4 milhões (cerca de R$ 16,9 milhões). “Do ponto de vista de negócio, a parte esportiva é fundamental que responda à gestão. O Atlético-PR, que figura hoje entre os 15 maiores do Brasil, prova que a gestão tem de caminhar junto com o resultado em campo”, analisa Somoggi.

O especialista faz questão de frisar a gestão por classificar o clube paranaense como “mais inovador que os demais”. Mesmo que algumas decisões, como a que alterou grafia do nome, escudo, uniforme e mascote, nem sempre sejam bem recebidas de imediato pelos próprios torcedores.

“A decisão de alterar a identidade visual às vésperas da final, do ponto de vista de estratégia de marketing, foi superarriscada. Mas o clube foca no longo prazo”, finaliza Somoggi.